Artigo: COISAS DO PAÍS (III)…
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- Um estudo recentemente divulgado pela comunicação social, deu-nos a conhecer mais um “retrato” dos jovens portugueses entre os 15 e os 24 anos. Segundo o documento, eles vão muito mais ao cinema do que a média dos portugueses, vêem menos televisão, são líderes no consumo da Internet, jogam mais futebol do que a média e também marcam pontos na apetência pelo vodka. O estudo da Marktest, divulgado no Dia Internacional da Juventude, refere que os membros deste grupo etário (15 aos 24 anos) são estudantes na sua maioria e adeptos das novas tecnologias (98,8% utilizam telemóveis e 93,1% fazem uso do computador). Os que utilizam a Internet para efectuar downloads quase triplica face à média dos residentes em Portugal Continental com 15 e mais anos, porque estes estudos “esquecem-se” das ilhas mas depois são apresentados como “estudos nacionais”…): 70% dos jovens costumam ir ao cinema, 27,3% consomem vodka e 51,1% têm uma elevada apetência por refrigerantes com sabor a cola. Os jovens vêem menos televisão, ouvem mais rádio do que a média portuguesa, sobretudo durante a tarde e noite, também jogam mais futebol do que os outros enquanto que 64% deles têm o hábito de comunicar via Messenger e 94,9% costumam ouvir música.
- O Governo Regional dos Açores anunciou que pretende apresentar, no final deste ano, “um défice zero”, facto explicado por estão asseguradas as “receitas suficientes para financiar na íntegra as despesas” da Região. Segundo o vice-presidente do executivo. “as despesas de funcionamento foram reduzidas em 813 mil euros em comparação com mesmo período do ano passado”, tendo-se verificado também um aumento de 38,4 milhões de euros no investimento público, e um aumento das receitas fiscais em 11,1 milhões de euros, com destaque para as receitas sobre o lucro das empresas que cresceu mais 32%”. Sérgio Ávila esclareceu que “o decréscimo das despesas de funcionamento da administração pública não incluiu as transferências para o Serviço Regional de Saúde que aumentaram em 7 milhões de euros”. A dívida directa da região não registará qualquer aumento no corrente ano, pelo que os Açores não recorrerão a qualquer empréstimo, pelo quinto ano consecutivo, “cumprindo assim os seus compromissos no âmbito do Pacto de Estabilidade e Crescimento da UE”. As despesas de capital, que incluem a aquisição de automóveis, imóveis, mobiliários e outros equipamentos, reduzirão este ano uma redução de 26,7%. A cobrança do IRS superou em 3,7 milhões de euros o valor orçamentado. No meio de tudo isto o membro do governo açoriano esqueceu-se de uma questão importante, fundamental até: de dizer qual foi o montante das transferências feitas este ano para os Açores ao abrigo da nova lei de finanças regionais e qual a diferença dessas transferências relativamente ao ano anterior?
Luís Filipe Malheiro
Jornal da Madeira, 29 de Agosto 2007
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