Cécilia Albéniz, a cigana que fugiu do Eliseu
"Parecia que tinha saído de cena mas não. Apesar de ser uma mera ex-primeira-dama, Cécilia ex-Sarkozy, née Ciganer Albéniz, continua a ser para todos os efeitos a primeira-dama de França. Uma ironia da História (ou uma moral da estória) para quem não queria ser primeira-dama e pensava ter despachado o assunto com o demolidor e lânguido argumento de que tal coisa "a aborrecia".Não se pode negar que Cécilia é fascinante e percebe-se a atracção que tem despertado naqueles que a crónica mundana identifica como os homens da sua vida. E misteriosa. Se os jornalistas tentam ser parcos em adjectivos, o objectivo é esquecido quando escrevem sobre Cécilia. Todos os artigos que lhe foram dedicados, na imprensa francesa ou outra, despejam aos seus pés cestas de adjectivos, românticos e evocadores, que ela pisa elegantemente, com um levíssimo sorriso de Gioconda, ou maldosos e despeitados, que ela ignora num passo seco e distraído e um frio olhar azul.Cécilia é arrogante, bela, altiva, elegante, caprichosa, depressiva, sensata, tirânica, heroína, fria, conquistadora, reservada, rebelde, distante, independente, egoísta, livre, apaixonada, mimada, determinada, frágil, vaidosa, ansiosa por ser o centro das atenções, secreta, indiferente às opiniões dos outros, dedicada a causas, fútil, ambiciosa... Cécilia... desperta paixões.
A cascata de atributos é uma tentativa mágica de capturar alguém que continua a fugir por entre os dedos. Mas, se a fotografia não permite cativar a alma do retratado, os adjectivos não fazem melhor". Leia aqui o interessante artigo do jornalista José Vítor Malheiros, publicado no "Publico".
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