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segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Os cruéis ocupantes aliados

Com este título, publicou recentemente o jornal "Publico" um texto de Patricia Meehan , do New York Review of Books, e que constitui uma peça jornalística verdadeiramente interessante e impressionante: "Giles MacDonogh quis mostrar a vivência dos alemães na derrota. E conseguiu. Mas também atraiu novas atenções para os actos questionáveis da Grã-Bretanha e dos Estados Unidos durante a ocupação. Execuções encenadas (ou não), espancamentos, violações, milhares de militares e civis transportados em camiões de gado ou mortos à fome e ao frio. A Segunda Guerra Mundial vista do outro lado. Por Patricia Meehan. Um americano filma soldados soviéticos que celebram a vitória nas portas de Brandeburgo (ao centro). Festejos aliados depois da queda de Saarbrucken a Na Primavera de 1945, a Alemanha afundava-se no caos e na derrota. Na própria Alemanha ocupada pelos seus inimigos, o trabalho escravo, os campos de concentração, a fome, as detenções sem acusação formal e as execuções não desapareceram com os nazis. As revelações sobre os campos da morte divulgadas por todo o mundo em Abril de 1945 pelas imagens do documentário sobre Bergen-Belsen pareciam dar carta branca aos que detinham agora o controlo. Giles MacDonogh deu-se ao formidável trabalho de fazer a crónica das vidas dos alemães depois de caírem nas mãos dos vencedores. No seu livro Depois do Reich ele procedeu à tarefa com implacável minúcia. É um compêndio da miséria humana. MacDonogh conhece bem a Alemanha e a Áustria e possui aí muitas fontes. Baseou-se em relatos em primeira mão e memórias privadas que conseguiu acrescentar à sua pesquisa de fontes publicadas". Vale a pena ler.

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