Portugal: duplicam as famílias com dívidas a mais
O aumento imparável do desemprego, em conjunto com a subida das taxas de juro, está a colocar cada vez mais famílias em situações de sobreendividamento. As estatísticas da DECO não deixam margem para dúvidas: em 2007 o número de casos de famílias com dívidas descontroladas ascendeu a 1976, um aumento de 118 por cento face aos 905 casos registados no ano anterior. “É uma situação preocupante, com famílias em ruptura financeira total”, frisa Natália Nunes, responsável da DECO A análise comparativa da evolução do sobreendividamento revela que nos últimos oito anos ocorreu um aumento progressivo do número de famílias com dívidas fora de controlo. Por isso, “as causas do sobreendividamento continuam a ser as mesmas de sempre”, afirma Natália Nunes. “A principal causa da ruptura financeira é o desemprego” com “particular importância na maioria dos casos em 2006 e 2007”. Natália Nunes afirma que, “regra geral, as famílias que pedem ajuda à DECO têm mais de quatro créditos: habitação, automóvel e dois créditos pessoais”. Em muitos casos as famílias sobreendividadas contam com um rendimento mensal superior a mil euros, mas o número de casos com rendimentos de quatro mil e cinco mil euros por mês também tem aumentado. Lisboa e Porto são as zonas do País com o maior número de pedidos de ajuda para a resolução dos problemas de ruptura financeira: representam, respectivamente, 52 por cento e 30 por cento do total de pedidos de ajuda apresentados à Associação para a Defesa do Consumidor.
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