"Ainda vamos mergulhar na cratera de Bikini"
Com este título, escreveu o jornalista do Publico, Nicolau Ferreira, que "uma equipa de cientistas foi ver se existia vida na cratera de Bikini e descobriu uma floresta cheia de movimento. Uma descoberta que prova a capacidade de resistência dos corais.Ainda não é possível fazer mergulho no atol de Bikini, mas para lá se caminhaUma explosão nuclear não é só um cogumelo. Pode ser muito fumo a emergir de sete palmeiras na orla de uma ilha, subitamente arrebatadas por uma força incrível que as faz vergar. Ou o céu azul do Pacífico substituído por uma luz intensa, branca, amarela, laranja. Ou ainda a formação imediata de uma cratera com quase dois quilómetros de diâmetro no mar. Castle Bravo foi tudo isso. O maior ensaio nuclear da história dos Estados Unidos lançou no atol de Bikini, no arquipélago das ilhas Marshall no Pacífico, uma bomba com 15 megatoneladas de capacidade explosiva, muito mais poderosa do que a que foi enviada para Hiroxima. A 1 de Março de 1954 o que não ficou filmado foi a vaporização de um mundo subaquático. Um mundo preenchido por muitas espécies de corais e peixes e substituído num piscar de olhos por um buraco com 73 metros de profundidade. Passado meio século depois do último teste nuclear que os EUA fizeram na região, uma equipa de cientistas de vários países foi ver se existia vida na cratera. Descobriram uma floresta no mar cheia de movimento, próspera.Uma paisagem lunar? A pedido do governo das ilhas Marshall, formou-se um grupo de cientistas para investigar o estado da cratera. Um dos objectivos era tentar perceber se seria possível criar ali uma pequena indústria de mergulho".
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