Corrida aos telemóveis em Cuba...

Li no site da SIC que "muitas centenas de cubanos fizeram segunda-feira fila para comprar legalmente telemóveis pela primeira vez, apesar do preço elevado dos aparelhos e dos serviços. A venda de livre agora iniciada foi uma das primeiras medidas do novo presidente Raul Castro, que prometera acabar com algumas "proibições excessivas" que pesam sobre a sociedade e a economia cubana. Até agora os telemóveis eram só para estrangeiros e alguns funcionários do Estado. Agora toda a gente pode comprar nas lojas normais e nas lojas da Etecsa, que tem o monopólio do Estado cubano do sector das comunicações. A Telecom Itália detém uma participação de 27 por cento na Etecsa. "A autorização é uma coisa muito boa. O serviço é demasiado caro mas a necessidade obriga", declarou uma camponesa de 58 anos. "Com a minha pensão de 202 pesos (9 dólares) mensais eu não teria possibilidade de o comprar mas eu sabia que a família ia pagar-mo, porque até esta altura, para poder falarmos eu tinha de ir a casa de um vizinho", acrescentou. Os cubanos podem escolher entre seis modelos de telemóvel que custam de 65 e 290 dólares, obter um número por 120 dólares e comprar cartões telefónicos por 11, 21 ou 42 dólares. Ou seja, um total de 196 dólares, no mínimo, num país em que o rendimento mensal médio é de 408 pesos (17 dólares). "Sim, é muito caro mas não é um luxo, antes uma necessidade para aqueles que, como eu, não têm telefone em casa e precisam de comunicar com a família", disse uma mulher de 53 anos que tem o único filho a viver nos Estados Unidos".