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quarta-feira, 4 de junho de 2008

"Cinco do Árctico" querem dividir o Norte do mundo

Segundo a jornalista do Publico, Dulce Furtado, "os cinco países que delimitam o oceano Árctico esforçaram-se ontem para dar um tom de conciliação à primeira reunião feita a nível ministerial sobre as suas pretensões no extremo norte do globo. Desta conferência, na cidade de Ilulissat, no Oeste da Gronelândia, era esperada uma declaração política conjunta atribuindo às Nações Unidas a competência para regular eventuais disputas territoriais sobre uma zona onde os peritos estimam encontrar-se um quarto das reservas de petróleo mundiais por descobrir. "Estou convicto que conseguiremos encontrar meios pacíficos e benéficos para todos os nossos países com vista ao desenvolvimento futuro do oceano Árctico", declarou o ministro dinamarquês dos Negócios Estrangeiros, Per Stig Moeller. "Devemos enviar uma mensagem política de unidade, mostrando que os cinco países abordarão as oportunidades e as mudanças de forma responsável", defendeu ainda o chefe da diplomacia dinamarquesa, antes do arranque da conferência, organizada por iniciativa de Copenhaga em conjunto com o governo autónomo da Gronelândia.Os "cinco do Árctico" pretendem veicular agora uma imagem de apaziguamento das tensões que foram aumentando ao longo dos últimos anos, conforme cada um tenta reclamar soberania sobre as águas geladas - e as riquezas que nelas e sob elas se estima existirem - do Norte do globo".
O que os países querem
Rússia Provar que a plataforma continental siberiana se estende até mais de dois mil quilómetros da linha da costa, ao longo da cadeia montanhosa submarina Dorsal de Lomonosov, o que dará a Moscovo um triângulo de 5,8 milhões de quilómetros quadrados de território no Árctico.Dinamarca A Gronelândia, sob administração dinamarquesa, disputa com a Rússia os direitos territoriais sobre a Dorsal de Lomonosov.Noruega Alinha com a Dinamarca por um delineamento de fronteiras a ser feito a uma distância igual das costas dos países pretendentes ao Árctico, por oposição à regra defendida pelo Canadá que deixará Oslo com uma parcela territorial diminuta, maior apenas do que a dos Estados Unidos.Canadá Associou-se à Dinamarca para contestar a pretensão russa à Dorsal de Lomonosov e pretende assegurar a administração da Passagem do Noroeste, onde se regista um cada vez maior número de dias de navegabilidade (o degelo abrirá uma outra via, a Passagem do Nordeste, ou Rota do Mar do Norte, junto à Sibéria).Estados Unidos Pretende soberania sobre uma área de mil quilómetros a partir do litoral do Alasca, mas tal pretensão só pode ser formalizada depois de Washington ratificar a Convenção da ONU sobre o Direito do Mar.

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