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segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Soldado americano condenado a 110 anos de prisão

Um tribunal militar norte-americano em Fort Cambell, Kentucky, condenou a 110 anos de prisão o soldado Jesse Spielman, por participar na violação de uma menina de 14 anos e o seu assassinato, bem como de toda a sua família. O caso Mahmudiya (nome da localidade iraquiana onde o crime ocorreu) teve origem nos acontecimentos de 12 de Março do ano passado, quando um cabo, Steven Green e outros quatro soldados, entre os quais Spielmen, tomaram bebidas alcoólicas, jogaram às cartas e planearam o ataque contra a menor e a sua família.O Tribunal deu como provado que Spielman, de 22 anos, conspirou com os seus companheiros para cometer o crime, forçou a entrada na habitação da família da menor, participou na sua violação e no seu assassinato, bem como dos restantes familiares – um dos quais uma menina de seis anos -, possíveis testemunhas da violação.Durante o julgamento, Spielman deu-se como culpado de acusações menores: profanação de cadáver, atear de incêndio, consumo de álcool em zona de guerra e obstrução à justiça.Paul Cortez e James Barker, outros dos soldados implicados, deram-se como culpados dos crimes de violação e homicídio e foram condenados até 100 anos de prisão, embora possam beneficiar de liberdade condicional muito antes de expirar a pena.O quarto soldado, Bryan Howard, que admitiu ter ficado de vigilância às comunicações rádio foi condenado a cinco anos de prisão.Do caso Mahmudiya, falta julgar o cabo Green, de 21 anos, que se declarou inocente das acusações que pendem sobre si: homicídio, homicídio no decorrer de um assalto sexual agravado, conspiração, abuso sexual de menor e obstrução à justiça. Também foi acusado de destruição pelo fogo, na forma tentada, dos cadáveres das vítimas.Se for considerado culpado, Green arrisca a pena de morte, apesar de ter metido baixa do Exército, alegando problema de transtorno de personalidade.
CHOQUE NACIONAL

O caso Mahmudiya, o quinto investigado pela justiça militar norte-americana, relacionado com a prática de crimes graves no Iraque, chocou na altura a nação iraquiana e levou a que o primeiro-ministro do país, Nuri al Maliki, pedisse uma revisão da imunidade das tropas estrangeiras por parte da justiça iraquiana.O procurador militar norte-americano encarregue do processo está convicto de um dos soldados, que também enfrenta um tribunal civil, disparou e assassinou Abeer Qasim Hamza al Janabi, de 14 anos, sua mãe e sua irmã, uma crianças de seis anos. Pelo menos três dos soldados violaram a menina antes de a matar.

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