Intolerável (III)
Segundo o "Publico", ainda existem 656 celas nas prisões portuguesas onde os reclusos têm de depositar os seus dejectos em baldes, sem qualquer sistema sanitário. O ministro da Justiça, Alberto Costa, quando tomou posse, prometeu que a erradicação do problema seria uma das suas prioridades, tendo estabelecido Dezembro de 2007 como a data para o fim do prazo.Dados do Ministério da Justiça (MJ) sobre a situação mostram, no entanto, que até à última semana de 2007 a tarefa auto-imposta por Alberto Costa ficou a meio - protelando-se assim o fim daquilo que muitos consideram ser uma "prática medieval" e uma "vergonha nacional".O gabinete de Alberto Costa refere que das 656 celas ainda sem sanitários, 253 estão em "fase final de execução" (prisões do Linhó e de Leiria), que nas 245 celas do estabelecimento prisional de Paços de Ferreira a obra já foi adjudicada e que o projecto está "em curso" nas 158 celas de Vale de Judeus e de Alcoentre.Ainda de acordo com o MJ, no início da actual legislatura existiam 1413 celas sem sanitários. O gabinete de Alberto Costa justificou o atraso na erradicação do balde higiénico com o facto de as obras necessárias, "em alguns dos casos", obrigarem a uma "alteração profunda na estrutura original das celas". E apontou agora outro prazo para o fim da empreitada: "antes do fim da actual legislatura", ou seja, em 2009.
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