Notas escocesas reclamam protecção legal
Se for escocês e entrar numa loja em Londres, é muito provável que lhe recusem o pagamento das suas compras com notas escocesas, muito embora, por estranho que isso possa parecer, uma placa ao seu lado indique que se aceitam euros. Para o liberal-democrata Alistair Carmichael, que quer alterar a situação, é irónico que, a sul da fronteira da Escócia, se continuem a rejeitar as notas escocesas. Em declarações à agência Reuters, Alistair Carmichael defende que deveria haver uma protecção legal para as notas escocesas em Inglaterra. "Os escoceses não têm qualquer hipótese de recorrer quando as suas notas são recusadas em Inglaterra, o que conduz a situações embaraçosas e irritantes", lamenta. A explicação para o risco de rejeição reside no facto de, contrariamente ao que acontece em Inglaterra, onde as notas são monopólio do banco central, as notas da Escócia serem emitidas pelos três maiores bancos privados: o Banco da Escócia, o Banco Real da Escócia e o Clydesdale. Todos os bancos escoceses estão autorizados a emitir as suas próprias notas, desde que se sejam anteriores a 1844, data em que um Acto do Parlamento revogou o direito de emissão a novos bancos. Na altura, havia na Escócia 15 bancos autorizados a emitir notas, mas o número veio a diminuir até chegar às três grandes instituições actuais. A.R.F.
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