Para onde viajam os nossos deputados?
Segundo escreve hoje o "Correio da Manhã" num texto do seu jornalista António Sérgio Azenha, "as deslocações ao estrangeiro dos 12 deputados mais viajados, em serviço pela Assembleia da República, implicaram, em 2007, uma despesa de quase 351 mil euros, montante que representa 11 por cento de um total de 3,1 milhões de euros orçamentados para viagens e estadas no ano passado. No pódio dos parlamentares mais viajados surgem três rostos bem conhecidos: Mota Amaral, José Luís Arnaut e Mendes Bota, todos do PSD, que em conjunto fizeram 38 viagens.No ano passado, os 12 deputados mais viajados realizaram um total de 112 deslocações ao estrangeiro, a fim de participarem nas assembleias parlamentares da União da Europa Ocidental (UEO), do Conselho da Europa (CE) e da NATO, organismos dos quais Portugal é membro. E essas deslocações abrangeram países na Europa, África, Ásia e América do Norte.Com o transporte e o alojamento das 112 viagens ao estrangeiro, foram gastos cerca de 351 mil euros, dos quais mais de 256 mil euros dizem respeito a despesas com transportes. Ao orçamento global de 3,1 milhões de euros para viagens acresceu ainda uma verba de quase 500 mil euros em ajudas de custo para os deputados. A subida do preço do petróleo, com consequências no preço dos bilhetes de avião, acabou por exigir um aumento no orçamento para viagens ao estrangeiro. José Luís Arnaut, que foi presidente da comissão parlamentar dos Negócios Estrangeiros até Outubro de 2007, não tem dúvidas de que estas deslocações ao estrangeiro são “um trabalho necessário para ajudar no trabalho de decisão política”. Para o deputado do PSD, “se Portugal não está lá, a sua ausência é aproveitada por outros”. Mais: essas viagens “são custos de soberania".
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