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quinta-feira, 6 de março de 2008

Companhias 'low cost' representam metade do tráfego aéreo de Faro

Escreve a jornalista Paula Martinheira do DN de Lisboa que "as companhias low cost estão a ganhar um peso crescente no Algarve, em detrimento dos voos regulares e até dos charter, cujo fluxo tem vindo a diminuir. A prová-lo está o volume de passageiros chegados ao Aeroporto Internacional de Faro através daquelas companhias, que representou 76% do tráfego regular e quase metade (48%) do tráfego total registado em 2005. Estes números situam o terminal aéreo algarvio no 27.º lugar da Europa em número de rotas de baixo custo e na 4.ª posição no número de transportadoras daquele tipo.Esta foi a grande conclusão de um estudo efectuado pelos professores da Faculdade de Economia da Universidade do Algarve (UALG), Adriano Pimpão e Antónia Correia, que caracterizaram e avaliaram o negócio low cost no Algarve, tomando como exemplo o caso da companhia britânica easyJet, a principal transportadora aérea de baixo custo a operar na região. O estudo, encomendado pelo Aeroporto de Faro, baseou-se num inquérito realizado neste terminal durante o Inverno de 2005 (Novembro e Dezembro) e Verão de 2006 (Julho, Agosto e Setembro), com o objectivo específico de aferir o perfil dos passageiros low cost que chegam ao Algarve e os impactos económicos gerados por este modelo de negócio no turismo e economia regionais.A easyJet transporta para a região algarvia 317 mil turistas, que geram um fluxo de 3,3 milhões de dormidas, mas, no pressuposto de um crescimento sustentado de 12% ao ano, o estudo prevê que a companhia britânica possa protagonizar cinco milhões de dormidas em 2009. A presença desta transportadora aérea no destino Algarve significará receitas entre os 584 e os 633 milhões de euros em 2006. Em 2009, o encaixe financeiro ascenderá a 897 milhões de euros, o que leva os autores do trabalho a sustentarem que "a presença das companhias de baixo custo constitui uma mais-valia para a economia algarvia".A importância deste tipo de passageiros traduz-se no dinheiro que os mesmos deixam no Algarve. Os que utilizam a easyJet registam um gasto médio no destino de 173 euros por dia, 1,4 vezes acima da média geral da região, situada nos 120 euros diários. Segundo o estudo da UALG, o value for money é a referência daqueles passageiros, que valorizam muito mais a qualidade durante a estada do que a viagem.Outras vantagens para a actividade económica regional, nomeadamente o sector de rent-a-car, prendem-se com o facto de 60% desses turistas alugarem carro para se deslocarem na região. Por outro lado, o turismo residencial representa 13% dos passageiros low cost, prevendo o estudo que a importância deste alojamento cresça, em particular no Sotavento Algarvio, onde as intenções de aquisição de casa própria são relevantes. Com efeito, 10,2% dos passageiros tencionam adquirir uma casa no Algarve. É que, na generalidade, aqueles turistas fazem uma avaliação positiva da sua experiência no destino, manifestando vontade de regressar e de o recomendar".

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