Mulheres sauditas tentam suicídio para fugir de pressão social
Segundo o jornal brasileiro "Globo", num texto baseado na Reuters e assinado por Ibtihal Hassan, "segregadas dos homens, proibidas de dirigir e submetidas a limitações para viajar, trabalhar e mesmo estudar, muitas mulheres da Arábia Saudita tentam se suicidar para escaparem de uma das sociedades mais rígidas do mundo. A Arábia Saudita, um Estado islâmico conservador cujos clérigos exigem uma separação total entre os homens e as mulheres, costuma adotar uma postura severa com as mulheres, muitas delas vítimas de atos agressivos realizados por homens. Uma garota de 19 anos sequestrada e estuprada por sete homens acabou condenada, recentemente, a 200 chibatadas em um caso que gerou críticas na comunidade internacional e manchou a imagem da Arábia Saudita, o berço do Islã. O rei Abdullah, do país, perdoou a mulher nesta semana, em uma medida que parecia significar uma crítica dura aos clérigos da vertente Wahhabi do islamismo (de linha-dura). Esses clérigos dominam o Poder Judiciário do país. As pressões exercidas sobre as mulheres sauditas obrigam-nas a viver em um mundo isolado, o que muitas vezes torna mais difícil o embate com as atribulações da adolescência e os problemas familiares. "Eu estava desesperada naquela época por causa de problemas familiares. Minha mãe tinha se divorciado e eu tive de ficar com ela enquanto meus dois irmãos mais velhos foram morar com meu pai", disse Maha Hamad, 23, estudante, que tentou se matar há dois anos. "Eu era pressionada demais pela minha mãe a respeito de tudo o que fazia. Eu não conseguia viver sem que ela determinasse o que eu podia e o que eu não podia fazer." O suicídio é uma prática banida pela lei islâmica e, os hospitais costumam registrar o fato como "uso errado de medicamentos", o que faz esse tipo de caso figurar com menor peso nas estatísticas". Leia tudo aqui.
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