26 milhões refugiados no seu próprio país
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O documento traduz em números a dimensão da tragédia e mostram um crescimento significativo em várias regiões. No Iraque há hoje cerca de 2,5 milhões de deslocados. Aos 1,2 milhões de pessoas que terão deixado as suas casas antes do início da guerra, em 2003, juntaram-se mais 200 mil, até 2005, e mais 1,2 milhões após Fevereiro de 2006, em resultado da violência sectária. Na Colômbia, os dados oficiais apontam para a existência de 2,39 milhões de deslocados, embora a Consultoria para os Direitos Humanos e Deslocados (CODHES) fale em quatro milhões, em Fevereiro deste ano. A diferença poderá explicar-se pelo facto de os dados oficiais se referirem ao número de deslocados desde 1994, enquanto a CODHES se refere ao total desde 1985. Em África, a República Democrática do Congo é o segundo país com maior número de deslocados internos. Cerca de 1,312 milhões, de acordo com a Organização das Nações Unidas, que não contabilizou os cerca de 150 mil refugiados do Kivu Norte. São, portanto, 1,4 milhões, mais do que no Uganda (1,3 milhões) ou na Somália (um milhão), de acordo com as Nações Unidas. Dos 12 países com maior número de deslocados internos, metade fica em África. É lá que vivem 12,7 milhões de pessoas, em 19 países, mais do que toda a população portuguesa, a fugir à guerra ou à falta de condições para subsistir".
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