TAP com maior lucro de sempre mas um 2008 difícil
A jornalista do Diário Económico, Cátia Simões confirma: "Não cumpriu a meta do Governo de 37,9 milhões de euros de lucro. A TAP apresentou ontem um resultado líquido recorde de 32,8 milhões, o que representou um crescimento de 349% face aos lucros de 7,3 milhões em 2006.Para 2008, Fernando Pinto não está confiante. O presidente da TAP admitiu, na apresentação de resultados da companhia aérea, que “a meta de 64 milhões de euros do Governo é difícil, mas necessária”. E revelou que o orçamento da TAP para este ano, embora ainda não esteja fechado, fica abaixo do definido pelo Governo. “É um processo que ainda está em curso, estamos a fazer um esforço competitivo para ver como atingir os 65 milhões de euros. Ainda não sabemos é como.” E avança os principais desafios, como a Groundforce, o preço do combustível e o contexto económico mundial.Para atingir a meta, em 2008, a TAP vai procurar rentabilizar ao máximo os aviões, aumentando a oferta para fazer crescer as receitas. “Com os novos aviões vamos oferecer 35% mais assentos este ano que em 2007” disse ao Diário Económico Luiz Mór, vice-presidente da TAP, à margem da apresentação de resultados. Uma estratégia que levou, ainda em 2007, a que os proveitos operacionais da transportadora aérea nacional atingissem 1,92 mil milhões de euros, mais 16% do que em 2006. “Os custos totais aumentaram 13%, mas a operação cresceu 18%, o que permitiu este resultado” explicou Michael Conolly, CFO da TAP, ao Diário Económico. Os resultados operacionais fixaram-se nos 79 milhões de euros, mais 163% que os 30 milhões de euros alcançados em 2006. O financeiro da TAP refere que o Governo ainda vai avaliar as contas para “decidir se os objectivos foram alcançados ou não”. E garante que “a TAP atingiu os objectivos, a Groundforce é que não.” Também Fernando Pinto relembra que a empresa de ‘handling’ (assistência em terra a aviões) fez a TAP perder 15 milhões de euros e que a integração tardia da PGA, assim como a falta de pilotos, penalizou as contas da companhia de bandeira. E refere que o contrato de gestão por objectivos assenta em vários parâmetros e não só no resultado líquido".
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