Brasil: Atirada do 6º andar? (II)
29 DE MARÇO
Pelas 23 horas e 30 minutos, Isabella Nardoni, de cinco anos, é encontrada inanimada no jardim do edifício London, tendo caído do sexto andar. Ela passava o fim-de-semana com o pai, Alexandre Nardoni, de 29 anos, a madrasta, Anna Carolina Jatobá, de 24, e os irmãos nascidos dessa união - um de três anos e outro de dez meses. Um vizinho do primeiro andar chama uma ambulância. O pai não pede socorro mas dois telefonemas consecutivos são feitos do apartamento: um para a família da madrasta, outro para parentes do pai. Nardoni chega ao jardim e diz que alguém entrou no apartamento e atirou a menina pela janela. Na sua versão, a família chegava da casa da sogra, ele parou o carro na garagem e subiu só com Isabella, que deixou no quarto. Trancou a porta do apartamento e voltou à garagem, para ajudar a mulher a subir com os outros dois filhos. No regresso ao apartamento, viu a tela de protecção da janela rompida e a filha caída.
30 DE MARÇO
O delegado que preside ao inquérito afirma que foi homicídio. Os médicos de Medicina Legal analisam o corpo e encontram ferimentos que podem ter ocorrido antes da queda.
31 DE MARÇO
No apartamento, os peritos descobrem que a tela rompida é a da janela do quarto dos irmãos, não do de Isabella. Recolhem a tela, utensílios de cozinha que podem ter sido usados para fazer o corte, amostras de sangue e as roupas da vítima, entre elas uma blusa rasgada nas costas.
1 DE ABRIL
Vizinhos contam que, na noite do crime, ouviram gritos de «pára pai, pára, pai». Os gritos são atribuídos ao irmão de três anos. Mas o procurador descarta ouvir a criança.
2 DE ABRIL
É decretada prisão preventiva para Nardoni e Anna Carolina.
3 DE ABRIL
Apesar de se declarar inocente, o casal entrega-se.
7 DE ABRIL
A Polícia conclui que a menina foi espancada e asfixiada, antes de ser atirada pela janela.
9 DE ABRIL
Pelas 23 horas e 30 minutos, Isabella Nardoni, de cinco anos, é encontrada inanimada no jardim do edifício London, tendo caído do sexto andar. Ela passava o fim-de-semana com o pai, Alexandre Nardoni, de 29 anos, a madrasta, Anna Carolina Jatobá, de 24, e os irmãos nascidos dessa união - um de três anos e outro de dez meses. Um vizinho do primeiro andar chama uma ambulância. O pai não pede socorro mas dois telefonemas consecutivos são feitos do apartamento: um para a família da madrasta, outro para parentes do pai. Nardoni chega ao jardim e diz que alguém entrou no apartamento e atirou a menina pela janela. Na sua versão, a família chegava da casa da sogra, ele parou o carro na garagem e subiu só com Isabella, que deixou no quarto. Trancou a porta do apartamento e voltou à garagem, para ajudar a mulher a subir com os outros dois filhos. No regresso ao apartamento, viu a tela de protecção da janela rompida e a filha caída.
30 DE MARÇO
O delegado que preside ao inquérito afirma que foi homicídio. Os médicos de Medicina Legal analisam o corpo e encontram ferimentos que podem ter ocorrido antes da queda.
31 DE MARÇO
No apartamento, os peritos descobrem que a tela rompida é a da janela do quarto dos irmãos, não do de Isabella. Recolhem a tela, utensílios de cozinha que podem ter sido usados para fazer o corte, amostras de sangue e as roupas da vítima, entre elas uma blusa rasgada nas costas.
1 DE ABRIL
Vizinhos contam que, na noite do crime, ouviram gritos de «pára pai, pára, pai». Os gritos são atribuídos ao irmão de três anos. Mas o procurador descarta ouvir a criança.
2 DE ABRIL
É decretada prisão preventiva para Nardoni e Anna Carolina.
3 DE ABRIL
Apesar de se declarar inocente, o casal entrega-se.
7 DE ABRIL
A Polícia conclui que a menina foi espancada e asfixiada, antes de ser atirada pela janela.
9 DE ABRIL
Ao pai e à madrasta é concedido «habeas corpus», alegando que a sua libertação não atrapalhará as investigações.
15 DE ABRIL
A Polícia afirma que a madrasta bateu e asfixiou a menina, e o pai atirou-a pela janela depois de a segurar pelos pulsos já com o corpo da criança do lado de fora da janela.
17 DE ABRIL
A Polícia confirma que a pegada no lençol junto à janela era do chinelo do pai.
18 DE ABRIL
O casal é submetido a um longo interrogatório durante o qual é surpreendido por novas provas: manchas de sangue no automóvel e presença de micropartículas do nylon da grade de protecção na «t-shirt» que o pai usava. Na blusa há também vómito da menina, causado pelo estrangulamento. Manchas encontradas no chão mostram que Isabella chegou já ferida ao apartamento, depois foi sufocada, teve uma paragem cárdio-respiratória e desmaiou. As marcas no pescoço coincidem com as mãos da madrasta. O casal é indiciado por homicídio.
19 DE ABRIL
Há provas de que a menina possuía hematomas na boca, indício de que alguém a impediu de gritar. Uma toalha e uma fralda apreendidas no apartamento revelam vestígios de sangue, mesmo depois de lavadas. Sabe-se que Isabella tinha um corte de meio centímetro na testa, provocado ainda em vida.
22 DE ABRIL
A Polícia conclui que a menina foi atirada 12 minutos após ser desligado o motor do automóvel e que as manchas de sangue no chão do apartamento foram lavadas. O avô da menina, advogado, é suspeito de ter tentado modificar a cena do crime quando foi ao apartamento - que ainda não estava selado - duas horas após o enterro.
27 DE ABRIL
É feita a simulação do crime, segundo a versão da perícia e da Polícia, sem a presença dos acusados, que não quiseram comparecer. São identificados resíduos da rede de proteção na tesoura apreendida.
29 DE ABRIL
Polícia científica declara que a madrasta agrediu a menina no carro com uma chave e feriu-lhe a testa. O objecto não foi encontrado. Logo depois do crime, o advogado de defesa havia dito que Anna Carolina perdeu um molho de chaves.
15 DE ABRIL
A Polícia afirma que a madrasta bateu e asfixiou a menina, e o pai atirou-a pela janela depois de a segurar pelos pulsos já com o corpo da criança do lado de fora da janela.
17 DE ABRIL
A Polícia confirma que a pegada no lençol junto à janela era do chinelo do pai.
18 DE ABRIL
O casal é submetido a um longo interrogatório durante o qual é surpreendido por novas provas: manchas de sangue no automóvel e presença de micropartículas do nylon da grade de protecção na «t-shirt» que o pai usava. Na blusa há também vómito da menina, causado pelo estrangulamento. Manchas encontradas no chão mostram que Isabella chegou já ferida ao apartamento, depois foi sufocada, teve uma paragem cárdio-respiratória e desmaiou. As marcas no pescoço coincidem com as mãos da madrasta. O casal é indiciado por homicídio.
19 DE ABRIL
Há provas de que a menina possuía hematomas na boca, indício de que alguém a impediu de gritar. Uma toalha e uma fralda apreendidas no apartamento revelam vestígios de sangue, mesmo depois de lavadas. Sabe-se que Isabella tinha um corte de meio centímetro na testa, provocado ainda em vida.
22 DE ABRIL
A Polícia conclui que a menina foi atirada 12 minutos após ser desligado o motor do automóvel e que as manchas de sangue no chão do apartamento foram lavadas. O avô da menina, advogado, é suspeito de ter tentado modificar a cena do crime quando foi ao apartamento - que ainda não estava selado - duas horas após o enterro.
27 DE ABRIL
É feita a simulação do crime, segundo a versão da perícia e da Polícia, sem a presença dos acusados, que não quiseram comparecer. São identificados resíduos da rede de proteção na tesoura apreendida.
29 DE ABRIL
Polícia científica declara que a madrasta agrediu a menina no carro com uma chave e feriu-lhe a testa. O objecto não foi encontrado. Logo depois do crime, o advogado de defesa havia dito que Anna Carolina perdeu um molho de chaves.
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