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quarta-feira, 27 de junho de 2007

CIA recorreu a criminosos procurados para assassinar Fidel

A agência norte-americana CIA disponibilizou no seu site milhares de documentos outrora classificados como secretos que detalham algumas das suas actividades ilegais e dos seus reconhecidos casos de abuso de poder entre os anos 50 e 70 do século XX: escutas, raptos e até tentativas de assassínio. Os documentos revelam como a agência recorreu a figuras de topo da Máfia para assassinar Fidel Castro no início dos anos 60. O primeiro contacto foi feito com Johnny Rosselini (que controlava o negócio das máquinas de gelo em Los Angeles). O plano desenvolveu-se até a decisão de usar comprimidos estar tomada, mas foi travado pela desistência de um responsável cubano - entretanto já tinham sido contactados Momo Giancana e Santos Trafficant, ambos na lista dos mais procurados. Os papéis são conhecidos como as "jóias de família" da maior agência norte-americana e correspondem às respostas dos funcionários a uma directiva de 1973, quando o então director James Schlesinger procedeu a uma investigação interna das actividades desenvolvidas pela CIA para além da sua missão legal.Nessa altura, a credibilidade da agência fora abalada pelo caso Watergate, que acabou por levar à demissão do Presidente Richard Nixon. O escândalo levou a outras investigações do Congresso e ainda de uma comissão nomeada pelo Presidente Ford, e resultaria na revisão dos regulamentos da CIA e de todas as agências.Os factos a que reportam estes documentos são já do conhecimento geral. Mas como sublinhou o director da CIA, Michael Hayden, responsável pela desclassificação, os registos podem ajudar a compreender os acontecimentos e a aclarar muitos dos relatos entretanto produzidos, mesmo se a imagem da agência acabe por não ser muito positiva. As mais de 700 páginas de relatórios internos detalham, por exemplo, como a CIA utilizava drogas como o LSD nos interrogatórios. Ou como, à rebelia da lei, que proibia missões de espionagem no território nacional, os agentes se envolveram em vigilâncias, buscas e escutas das comunicações de dezenas de jornalistas, membros do movimento pelos direitos cívicos ou contra a guerra do Vietname. Hayden desclassificou ainda relatórios sobre a política da União Soviética e da China. Sob os nomes de código CAESER-POLO-ESAU, dão por exemplo conta da forma como os EUA interpretaram os acontecimentos após a morte de Estaline, em 1953 (fonte: Rita Siza, Publico)

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