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segunda-feira, 6 de agosto de 2007

Americanos estão a fugir para o vizinho do Norte

Os Estados Unidos foram sempre uma grande atracção para os canadianos, e tradicionalmente dezenas de milhares deles todos os anos atravessam a fronteira para irem viver no vizinho do Sul. Muito menos são os americanos que fazem a viagem em sentido inverso para se fixarem definitivamente no Canadá.Nos últimos cinco anos, porém, são cada vez mais os americanos que querem viver entre canadianos, e menos destes que são atraídos pelos Estados Unidos.Conta Jack Jedwab, director executivo da Associação de Estudos Canadianos, que "no início dos anos 1970, foram para o Canadá entre 22 mil e 26 mil americanos por ano, a maioria fugidos ao recrutamento para a guerra do Vietname. Mas, desde 1977, esse número nunca mais ultrapassou os dez mil, embora haja grande aumento nos últimos cinco anos".De facto, ultrapassou: em 2006, 10 942 americanos emigraram para o Canadá (em 2005 tinham sido 9262 e em 2000 foram 5828).Porque é que os americanos fogem para o norte? Jedwab diz que é por razões sociais e políticas: "Os que estão a ir para o Canadá são pessoas com o mais elevado grau de educação, não são do tipo dos que não conseguiam arranjar trabalho. Vão porque muitos não gostam da política, da guerra no Iraque e da insegurança. O Canadá é um país onde não há tensões e as pessoas se sentem seguras."Coincide com o que diz Jo Davenport, escritora (The Canadian Way) que, em 2001, se mudou de Atlanta para a Nova Escócia: fê-lo por razões políticas, por não concordar com as decisões da Administração Bush após os atentados de 11 de Setembro de 2001. Sente-se tão bem por lá que só por duas vezes visitou os EUA e explica que "as coisas no Canadá são totalmente diferentes; eles preocupam-se com as pessoas".Tom Kertes, de 34 anos, mudou--se em Abril de Seattle para Toronto por o Presidente Bush ser contra os casamentos gay e por não gostar das tácticas usadas na guerra contra o terror: "Queria um país que respeitasse os meus direitos e os direitos dos outros. "rincámos com a ideia de imigrarmos quando Bush ganhou as eleições pela segunda vez, mas levei um certo tempo a preencher os papéis. O Canadá é um óptimo país. A minha mãe está a pensar emigrar. O meu padrasto tem diabetes e problemas de saúde, e caso se mude para cá terá cuidados de saúde gratuitos."Kertes diz ter saudades de vez em quando: "Não tenciono perder a nacionalidade. Tenho uma bandeira americana em casa - não a tinha em Seattle. De repente, sou nacionalista (fonte: MANUEL RICARDO FERREIRA, DN de Lisboa)

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