Dúvida (II)
Segundo escreve o jornalista António Sérgio Azenha do "Correio da Manhã", "o registo contabilístico da despesa com a compra dos dois submarinos vai ‘rebentar’ com o défice orçamental em 2010. Como estes navios são entregues a Portugal em 2010, o Governo é obrigado, segundo o Eurostast, a registar nesse ano os 973 milhões de euros, com juros incluídos, gastos na sua aquisição. Como o custo dos submarinos representa 0,5 por cento do Produto Interno Bruto (PIB), em 2010 o défice das contas públicas aumentará de 0,4 por cento, previsto no Plano de Estabilidade e Crescimento (PEC), para 0,9 por cento. O calendário da entrega dos dois submarinos já está definido: segundo a Marinha, o German Submarine Consortium (GSC), vencedor do concurso em 2004, entrega o primeiro navio em Fevereiro de 2010 e o segundo em Setembro do mesmo ano. Por isso, os ministérios da Defesa e das Finanças já estão a avaliar o registo contabilístico dos submarinos. O próprio gabinete do ministro da Defesa, Severiano Teixeira, confirmou ao CM que “o Ministério da Defesa, em articulação com o Ministério das Finanças, encontra-se ainda a equacionar a forma de contabilização desta aquisição em termos de contas nacionais”. E, remata, “é prematuro avançar com qualquer estimativa do impacto desta aquisição no défice orçamental”. Fontes conhecedoras do processo garantem que o custo dos submarinos tem um impacto de 0,5 por cento no PIB. E as contas indicam isso mesmo".
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