Alasca rende-se à exploração petrolífera
Li no Publico que "os protestos dos ambientalistas não chegaram para travar a venda dos direitos de exploração de petróleo e gás no Mar Chukchi, no Alasca, que atingiu este mês o valor recorde de 2,66 mil milhões de dólares (1,8 mil milhões de euros). O montante ultrapassou mesmo os preços estabelecidos em 1980 pelo serviço de gestão de minério do governo norte-americano mostrando, sublinha a Reuters, a forma como os preços elevados do barril transformaram regiões indesejáveis para quem quer controlar custos em locais de exploração. No último orçamento, o governo estimava receber apenas 67 milhões de dólares (45,9 milhões de euros) pela operação. "Neste momento é rentável explorar em áreas tão caras como estas", disse Randall Luthi, director do serviço de gestão de minério. Segundo a Reuters, a proposta mais alta veio da Royal Dutch Shell, que considera o Alasca uma zona estratégica. A empresa ofereceu 105,3 milhões de dólares pela exploração de um único bloco. A ConocoPhillips, a Eni, a StatoilHydro e a Repsol YPF também licitaram activamente. "Não foi uma surpresa porque sempre houve muito interesse nesta área. O facto de existirem vários interessados indica que há ali um grande potencial de exploração de recursos", disse Marilyn Crockett, director executivo da Alaska Oil and Gas Association. O departamento norte-americano de gestão de minério acredita que há 15 mil milhões de barris de petróleo e 77 milhões de milhões de metros cúbicos de reservas de gás no Mar Chukchi. Os elevados custos de exploração nas águas do oceano Ártico têm vindo a travar a actividade de exploração. Em 1991 o custo de 30 blocos era de apenas 7,4 milhões de dólares (cerca de cinco milhões de euros). A notícia não foi bem recebida pelos ambientalistas, que protestaram contra o leilão de 5355 blocos que abrange uma área de 11,9 milhões de hectares. Argumentam que ainda não se conhecem os efeitos da exploração de petróleo na população de ursos polares".
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