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quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Reichstag: o incêndio do século XX

O jornalista do Publico, Jorge Almeida Fernandes, recorda hoje que "o incêndio do Reichstag, na noite de 27 de Fevereiro de 1933, foi um dos mais impressivos acontecimentos do século XX. Não mudou a História, mas acelerou dramaticamente a montagem do sistema totalitário de Hitler. Ainda hoje encerra algum mistérioAinda com o Reichstag (parlamento alemão) em chamas, na noite de 27 para 28 de Fevereiro de 1933, a polícia prendeu um jovem holandês de 24 anos, Marinus van der Lubbe. Foi apanhado de tronco nu, ateando pequenos focos de incêndio. Desempregado, tinha chegado a Berlim dez dias antes. Fizera parte das Juventudes Comunistas holandesas, que teria abandonado em 1931. Reivindicou o incêndio e disse ter agido sozinho. Foi esta a opinião dos polícias que o interrogaram e o tomaram por desequilibrado. Terá dado a entender que queria fazer algo de grandioso para sublevar a classe operária alemã e teria já falhado duas tentativas de fogo posto.Os líderes nazis começaram por interpretar a acção como o sinal de uma insurreição comunista, ou nas palavras de Goebbels, como uma "última tentativa, através do fogo e do terror para semear a confusão e criar o pânico para deitarem a mão ao poder." Goering alimentou a efabulação: deputados comunistas teriam sido vistos a fugir do Reichstag durante o incêndio.Imediatamente surgiu a tese oposta, largamente difundida no estrangeiro e na oposição alemã, segundo a qual o incêndio teria sido ateado por um destacamento das Secções de Assalto (SA) nazis que teria entrado no Reichstag por um túnel que partia da residência de Goering - ministro do Interior da Prússia e futuro número dois do III Reich".

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