PINACULOS

Opinião e coisas do nosso mundo...

sábado, 15 de março de 2008

Sharia

Com este título li no Publico um excelente artigo da jornalista Margarida Santos Lopes, que não posso deixar de recomendar: "A sala da Mesquita Central de Lisboa está fria e quase vazia. Não já juízes nem advogados, mas aqui costumam reunir-se "sábios" que deliberam, sobre questões familiares ou sociais, como se estivessem num tribunal. A sua lei não é civil, mas islâmica - a Sharia.É nesta sala que nos recebe um afável e sorridente Xeque David Munir. Tentando dissipar dúvidas e medos, o imã (guia religioso) fala pausadamente enquanto acalma o seu telemóvel, que não pára de tocar. Começa logo por clarificar que a exigência de a mulher "ser submissa" ao homem "não passa de uma metáfora". "O que é ser submissa? É o homem dizer "levanta-te!" e ela levantar-se? Ou ele dizer "senta-te!" e ela sentar-se? Isso não é submissão, é ser escrava. Não tem nada a ver com a Sharia", frisa David Munir. "O facto de em algumas sociedades a mulher ainda ser considerada inferior, não tem nada a ver com a Sharia, mas com a tradição e a cultura" dos países.Do mesmo modo, o facto de haver maridos que proíbem as mulheres de exercerem profissões é incompreensível para o Xeque. "Já tivemos de decidir num caso em que uma jovem licenciada que queria ter o seu emprego e o marido, por ciúmes ou machismo, não autorizava, mas conseguimos que ele mudasse de ideias".

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