Mais um jovem prodígio do golfe de Havai para o mundo

Os pais de Tadd, Lori e Derrik Fujikawa, já colocam a hipótese de saírem da ilha para o continente, para que o filho possa competir com mais frequência nas competições do golfe júnior norte-americano. E o jovem golfista, estudante no Liceu Moanalua, não se faz rogado quanto ao timing da sua passagem a profissional. "Quando estiver pronto, irei [para os circuitos profissionais]. Se estiver só quase pronto, não", asseverou, dando o exemplo do "número um" mundial Tiger Woods: "Ele esteve dois anos na universidade antes de passar a profissional. Sentiu que estava pronto e, obviamente, estava. É o mesmo caminho que eu quero fazer." As atenções do Sony Open estavam inicialmente centradas na alta, esbelta e bela Michelle Wie, que insiste em tentar a sua sorte no circuito masculino através de convites. Mas esta foi eliminada pela quarta vez consecutiva. Para gáudio do público, o pequeno e atarracado Fujikawa não só passou à fase final como ocupava a oitava posição após a penúltima volta, na sequência de duas voltas seguidas de 66 pancadas. O homem que defendia o título, David Toms, teve dificuldades em lidar com os "bruás" dos espectadores a ecoar pelo campo a cada shot batido por Fujikawa. "Já nada me surpreende no golfe", disse. E Paul Goydos viu a sua vitória no Sony Open, a primeira em 11 anos de carreira, ofuscada pela prestação do novo heró local. "Foi a história da semana", reconheceu. Para quem vive e respira golfe, Fujikawa viveu um autêntico sonho entre quinta-feira e domingo. "Toda a gente a aplaudir-me e a apoiar-me, foi a melhor sensação do mundo! Nunca me imaginei a fazer isto, sobretudo nesta idade", regozijou-se. Compreende-se a própria incredulidade, afinal não passaram mais de quatro anos desde que se empenhou definitivamente na modalidade, deixando para trás o judo. "Ele aprendeu muito novo a controlar-se", diz o pai, Derrik Fujikawa. "O judo deu-lhe o ângulo mental. No golfe, somos os adversários de nós próprios, e se ficamos tensos iniciamos uma bola de neve", acrescenta.
Fonte: Rodrigo Cordoeiro (Publico)
<< Página inicial