Escolas inglesas vão poder trocar ensino do francês por mandarim e árabe

"Estamos a adaptar o currículo ao século XXI, para que se torne mais inspirador e aliciante para os alunos e consiga prepará-los melhor para o futuro", disse à Reuters Sue Horner, uma das responsáveis da Autoridade para os Currículos e Qualificações.
Atrair empregadores
Uma das alterações mais polémicas prende-se com o ensino das línguas estrangeiras e a liberdade que é dada às escolas de definirem a oferta nesta área. Se quiserem trocar as aulas de uma qualquer língua europeia por idiomas menos habituais mas "economicamente úteis", são livres de fazê-lo. Até aqui era obrigatório que os alunos com idades entre os 11 e os 14 anos aprendessem uma língua da União Europeia.
"Os jovens têm de ter consciência de que o domínio de certas línguas pode torná-los mais atractivos aos olhos dos empregadores. Neste campo, e se quisermos competir numa economia cada vez mais globalizada, temos de elevar a parada nas escolas", justificou Alan Johnson, citado pela BBC on-line. Apesar de os alunos irem continuar a estudar as 12 grandes áreas introduzidas no currículo nacional, aprovado em 1989, as novas orientações prevêem a abordagem obrigatória de novos temas, como as alterações climáticas - o filme de Al Gore, Uma Verdade Inconveniente, passará em todas as escolas -, o desenvolvimento sustentável e a pobreza global. Os livros de História abordarão, no futuro, o comércio esclavagista britânico; e durante a semana ainda tem de haver tempo para aulas práticas de cozinha saudável, acrescenta a BBC on-line.Depois, há matérias que se mantêm intocáveis, como Shakespeare ou Dickens, as guerras mundiais ou a álgebra e a geometria, avança a edição on-line do jornal The Guardian.
"Queremos encorajar as escolas a ser inovadoras na forma como organizam os seus horários", sintetizou o director executivo da Autoridade para os Currículos e Qualificações, Ken Boston.
Fonte: Isabel Leiria, Publico
<< Página inicial