Sexo, mentiras e escândalo político
Assinado pela jornalista Susana Almeida Ribeiro, o jornal "Publico" recorda um escândalo que abalou os EUA há dez anos: "O Presidente dos Estados Unidos da América envolvido com uma estagiária da Casa Branca. A notícia começou por ser um fogacho que depressa se tornou num incêndio de dimensões épicas e que ia custando a Bill Clinton o segundo mandato da sua presidência. Foi há dez anos que o nome Monica Lewinsky passou a ser conhecido em todo o mundo.Há exactamente dez anos, no dia 17 de Janeiro de 1998, um site informativo norte-americano, o Drudge Report, dava conta que a revista “Newsweek” estaria a investigar a história de um alegado envolvimento entre o Presidente Bill Clinton e uma estagiária da Casa Branca. Os rumores foram-se adensando até que no dia 26 de Janeiro o Presidente se viu forçado a vir a público explicar, com todas as letras, que nunca tinha mantido nenhuma relação sexual com aquela mulher sobre quem se falava, uma tal de Miss Lewinsky.Pura mentira. Meses depois, a verdade veio ao de cima. As relações sexuais entre Bill e Monica não só tinham acontecido – ainda que, aparentemente, só sob a forma de sexo oral – como foram praticadas na Sala Oval da Casa Branca. A verdade não se ficou a saber pela boca de Lewinsky, que foi corrida da Casa Branca para o Pentágono quando se percebeu que o envolvimento entre ela e o Presidente andava a exceder a relação estritamente profissional. A verdade soube-se por Linda Tripp, a amiga republicana a quem Monica confessou o seu envolvimento com Clinton e que não soube estar calada. Tripp gravou as confissões da estagiária e entregou-as ao procurador Kenneth Starr, lançando aquilo que veio a ficar conhecido no mundo inteiro como o “escândalo Lewinsky”.
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