Marinha dos EUA: à caça de mulheres
Segundo o Publico, num texto assinado por R.A.C., "confrontada com a escassez de candidatos, a Marinha dos Estados Unidos está a apostar forte em publicidade. Mas, desta vez, o alvo é exclusivamente do sexo feminino. A campanha, inserida em revistas e programas de televisão maioritariamente seguidos por mulheres, apela ao patriotismo, exibindo uma jovem a praticar artes marciais perante uma plateia de homens. Trata-se da primeira estratégia concertada do organismo norte-americano neste sentido e já rendeu mais de 1000 recrutas. O orçamento da marinha para publicidade em 2008 ronda os 157 milhões de dólares (99 milhões de euros, ao câmbio actual), estando cerca de 25 por cento destinado às acções de captação de mulheres. A novidade não está tanto na intenção, mas sim na forma como a estratégia está a ser conduzida. Apesar de ter começado a aceitar candidatas femininas em 1918, mais de 50 anos depois, em 1973, o organismo ainda se apresentava com a assinatura "few good men" [poucos homens bons]. Na década de 90, a abordagem começou a mudar, com a criação de campanhas exclusivas para o sexo feminino, mas as campanhas não eram tão "sofisticadas". Quem o diz é Jay Cronin, director da JWT, a agência de publicidade que trabalha com a marinha norte-americana há 60 anos. Em declarações ao The New York Times, o responsável afirmou que "só agora se estudou realmente o que pode levar uma mulher a candidatar-se". Daí o organismo ter escolhido temas e meios mais ligados ao desporto. Os efeitos da estratégia não são lineares, mas, desde que a campanha começou, o organismo já recebeu mais de 1000 candidaturas, via resposta postal incluída nos anúncios impressos. Mas o esforço da Marinha dos Estados Unidos não fica por aqui. Para cumprir os objectivos de recrutamento deste ano, revistos em alta pelo Governo norte-americano, a estratégia passa por criar publicidade específica para jovens com ascendência árabe e hispânica".
<< Página inicial