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sexta-feira, 9 de fevereiro de 2007

Homem quis anular casamento porque ela não deixou de fumar

Pedidos de anulação que chegam ao tribunal superior da Igreja Católica incluem os maridos rejeitados por continuarem muito dependentes dos pais. Um homem pediu ao tribunal católico que anulasse o seu casamento, uma vez que a mulher se recusava a abandonar o hábito da nicotina. O fumo chegava-lhe aos olhos, alega o marido incomodado perante o juízo canónico. Este é apenas um dos casos que estão a ser analisados pelo Tribunal da Rota Romana, a mais alta instância que averigua os pedidos mais invulgares de anulação de casamento. Mas há mais: há mulheres italianas que pedem a anulação porque, afinal, descobriram que os maridos eram "mammoni" (meninos da mamã), que ainda não tinham cortado o cordão umbilical, apesar de terem já mais de 30 ou 40 anos. Alguns destes casos foram relatados nos media italianos desde o último domingo, quando o Papa Bento XVI falou perante os juízes do tribunal, pedindo-lhes que sejam mais cuidadosos na concessão das anulações de casamento. De acordo com esta declaração, a Igreja considera que o casamento não foi válido, o que permite à pessoa voltar a casar pela Igreja. A anulação pode ser concedida, entre outras razões, por imaturidade psicológica de um ou ambos os noivos na altura do casamento, pela existência de algum factor que seja desconhecido do parceiro, por problemas de consentimento, pela falta de consumação sexual ou por casamentos forçados. No caso do marido não-fumador, entusiasta da boa condição física, ele tinha pedido à sua namorada que casasse com ele, mas na condição de ela tentar deixar de fumar. Ela respondeu que sim. Depois de terem dado o nó, ela tentou o seu melhor, mas o vício era mais forte. O casamento esvaiu-se, por isso, com o fumo - pelo menos, do ponto de vista do marido. O tribunal diocesano deu razão ao marido, mas o de segunda instância negou-a. O caso tem que ser, por isso, agora apreciado pela Rota Romana. Diferente é a situação das mulheres que se queixam dos maridos "mammoni", incluídos também no relatório preparado anualmente para o encontro dos juízes com o Papa. Estes têm uma "dependência mórbida" dos seus pais, uma situação relativamente vulgar em Itália, em que muitos homens tendem a ficar em casa dos pais até tarde, mesmo quando usufruem salários altos. Outro caso envolve um homem que pediu a anulação do matrimónio porque a sua mulher deixou de se tratar e de se cuidar após o casamento. O marido sentiu-se enganado, depois de casar com uma pessoa que se tornou diferente.
Fonte: PÚBLICO/Reuters

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