O vídeo na Web vai matar a televisão?

A externalização ocorre quando mais de metade dos acessos ao YouTube já ocorre fora dos Estados Unidos, revelou Chad Hurley, co-fundador daquele site de vídeos.
A empresa anunciou igualmente dois novos serviços: o Remixer permite a remontagem de vídeos, enquanto um novo portal de vídeo é específico para a visualização em telemóveis. Esta semana também a Microsoft anunciou um novo portal MSN para telemóveis e um investimento de 11 milhões de euros no segundo maior fabricante chinês de televisores. A estratégia de entrada na Changhong visa o desenvolvimento de computadores e televisores ligados à Internet, bem como a necessidade de ter um parceiro local para o crescimento do seu negócio no sector. A Changhong quer crescer no mercado da TV pela Web porque a venda dos televisores tradicionais está em declínio no país, explicava à Bloomberg um analista do Banco da China, Randy Zhou. A China conta com um mercado de acesso à Internet em banda larga em franco crescimento, com mais de 56 milhões de assinantes. Os Estados Unidos contam actualmente com 60 milhões.
Este crescimento de utilizadores - e, nomeadamente, do consumo de vídeo na Web - está a revelar-se uma dor de cabeça para os fornecedores de acesso à Internet. Uma análise ao tráfego realizada no final de Março e divulgada esta semana mostra um aumento de 56 por cento relativo ao ano passado nos acessos diários a conteúdos de vídeo nos Estados Unidos. Isto "demonstra que a Internet tornou-se uma plataforma de massas para distribuir conteúdos de vídeo a uma faixa alargada de americanos", explicou Mike Vorhaus, vice-presidente da Frank N. Magid Associates, consultora responsável pelo estudo. Não só a americanos, pelo que não admira a emergência de empresas focadas neste negócio. É o caso do Joost, uma plataforma de distribuição de televisão pela Web e que anunciou querer passar da distribuição de conteúdos por computador para os telemóveis e televisores. Ou seja, evoluir para a sala de estar, onde se podem conseguir melhores performances publicitárias. Algo que uma empresa como a Akimbo tenta há três anos sem grande sucesso. Até porque o Joost ou o recente Bubblegum (de financiamento italiano) têm de convencer os fabricantes de televisores a incorporarem o seu software para permitir a recepção na sala de estar (fonte: PEDRO FONSECA, Publico)
<< Página inicial