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quinta-feira, 28 de junho de 2007

O vídeo na Web vai matar a televisão?

O computador é cada vez mais uma alternativa ao televisor para ver vídeos e canais de televisão. Só em Portugal, o Diário de Notícias encontrou 43 canais de televisão na Internet, uns temáticos mas a grande maioria de zonas geográficas bem definidas. A aposta numa marcação destes terrenos demonstra quem está atento às grandes questões em que também os grandes grupos de media ou tecnológicos se estão a posicionar para chegarem à liderança. Esta semana, o YouTube (empresa do grupo Google) anunciou a internacionalização das suas operações com nove sítios localizados no Brasil (ver http/br.youtube.com, por exemplo), Espanha, França, Holanda, Irlanda, Itália, Japão, Polónia e Reino Unido. A Alemanha ficou, inesperadamente, de fora, mas os responsáveis asseguram que a rede vai ampliar-se nos próximos tempos. Estas operações nacionais garantem conteúdos, comentários ou pontuações locais, bem como parcerias com a Globo (Brasil), Antena 3, clubes como o Barcelona ou Real Madrid (Espanha), France 24, BBC, AC Milan (Itália) ou Chelsea. No total, a empresa assegura ter mais de mil parceiros de conteúdos em todo o mundo, incluindo a RTP em Portugal.
A externalização ocorre quando mais de metade dos acessos ao YouTube já ocorre fora dos Estados Unidos, revelou Chad Hurley, co-fundador daquele site de vídeos.
A empresa anunciou igualmente dois novos serviços: o Remixer permite a remontagem de vídeos, enquanto um novo portal de vídeo é específico para a visualização em telemóveis. Esta semana também a Microsoft anunciou um novo portal MSN para telemóveis e um investimento de 11 milhões de euros no segundo maior fabricante chinês de televisores. A estratégia de entrada na Changhong visa o desenvolvimento de computadores e televisores ligados à Internet, bem como a necessidade de ter um parceiro local para o crescimento do seu negócio no sector. A Changhong quer crescer no mercado da TV pela Web porque a venda dos televisores tradicionais está em declínio no país, explicava à Bloomberg um analista do Banco da China, Randy Zhou. A China conta com um mercado de acesso à Internet em banda larga em franco crescimento, com mais de 56 milhões de assinantes. Os Estados Unidos contam actualmente com 60 milhões.
Este crescimento de utilizadores - e, nomeadamente, do consumo de vídeo na Web - está a revelar-se uma dor de cabeça para os fornecedores de acesso à Internet. Uma análise ao tráfego realizada no final de Março e divulgada esta semana mostra um aumento de 56 por cento relativo ao ano passado nos acessos diários a conteúdos de vídeo nos Estados Unidos. Isto "demonstra que a Internet tornou-se uma plataforma de massas para distribuir conteúdos de vídeo a uma faixa alargada de americanos", explicou Mike Vorhaus, vice-presidente da Frank N. Magid Associates, consultora responsável pelo estudo. Não só a americanos, pelo que não admira a emergência de empresas focadas neste negócio. É o caso do Joost, uma plataforma de distribuição de televisão pela Web e que anunciou querer passar da distribuição de conteúdos por computador para os telemóveis e televisores. Ou seja, evoluir para a sala de estar, onde se podem conseguir melhores performances publicitárias. Algo que uma empresa como a Akimbo tenta há três anos sem grande sucesso. Até porque o Joost ou o recente Bubblegum (de financiamento italiano) têm de convencer os fabricantes de televisores a incorporarem o seu software para permitir a recepção na sala de estar (fonte: PEDRO FONSECA, Publico)

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