Artigo: Este país…
Este país é uma “coisa” estranha. Publicam-se sondagens onde o governo aparece em queda, o Presidente da República em ascensão aos “céus” enquanto, como contraponto, o líder do PSD, Marques Mendes surge em queda vertiginosa rumo aos “infernos” (será que já percebem como o presidencial apaparicar excessivo aos socialistas, tem efeitos nefastos no PSD?), no CDS/PP andam todos às “turras” uns com os outros, “viúvos” do portismo contra institucionalistas, em vez de fazerem oposição como lhes competia, talvez porque hoje mais empenhados em saber se vão ou não fazer a “côrte” aos socialistas, o governo anuncia a intenção de flexibilizar os despedimentos, o ministro das finanças, grande protagonista das medidas mais duras e punitivas que este governo socialista tem tomado, aparece numa sondagem recente como o ministro mais popular (devem estar a gozar comigo!), etc.
O primeiro-ministro socialista, aproveitando a fragilidade da oposição que ninguém vê, associada a algum sucesso, há que reconhecê-lo, de algumas (poucas) das medidas constantes do programa de desburocratização do funcionalismo público, “Simplex”, fez o elogio da iniciativa com recados à minoria. Ana Gomes, a ex-maoísta e agora deputada socialista no PE, anda histérica quanto baste, tudo por causa dos aviões da CIA, de Guantanamo e de presos políticos que os Estados Unidos alegam estar detidos por causa de suspeitas de envolvimento em actividades terroristas. Já ninguém tem pachorra para aturar os “dramas” da euro-deputada socialista, que tem vindo a manter uma “perseguição” constante ao ministro Amado, ao actual governo socialista, sem que ninguém saiba o que a senhora pretende ao certo. À falta de outra coisa mais importante para o eleitorado que a colocou no tacho europeu, Ana Gomes vai esperneando enquanto lhe derem protagonismo na comunicação social, convencida que, algum dia, vamos saber a verdade de todas as patifarias que o sistema político americano tem feito, desde o 11 de Setembro, em nome da defesa dos interesses nacionais e da segurança do país e dos cidadãos. Até lá, ela vai continuar certamente a divertir-se e a divertir-nos, indiferente ao facto de haver ainda inquéritos em curso (?), cujas conclusões obrigatoriamente não têm que estar de acordo com a referida senhora pretende.
E como se tudo isso não bastasse, eis que na Câmara de Lisboa mais uma “bronca” com investigações policiais à mistura, processos judiciais, insinuações de troca de favores ou de influências, trocas de terrenos, com negociatas mal explicadas, etc. Até somos um país “sui generis” pois é um vereador da extrema-esquerda que terá sido alegadamente sondado por empresários para que um negócio se fizesse (!) numa determinada direcção e condições, enfim, tudo coisas demasiado estranhas, salvo o facto de vivermos num país estranho ao qual nos temos que habituar. E basta a “desgraça” alheia para que certos papagaios sem asas para voar – mas que é que lhes mete isso na cabeça?! – apareçam logo em bicos-de-pés a meter-se onde não são chamados, reclamando demissões, inclusivamente do seu líder de partido, a empolar um caso que, sendo naturalmente desagradável e incómodo, precisa de ser judicialmente esclarecido para que então, depois disso, rolem cabeças. Mas Luís Filipe Menezes não entende isso, não desistiu do tacho de líder do PSD, talvez porque convencido que vai ser seu “salvador”, e qual Ana Gomes na sua incontida histeria, salta logo para as luzes da ribalta, procurando o protagonismo próprio dos vencidos (ou derrotados?) fracos, porque continuam a não ser capazes de digerir a derrota ou, pior do que isso, a não ser capazes de perceber o seu próprio lugar e espaço de actuação e afirmação. O PSD nacional, coitado, não precisa destas cenas, deste tipo de divergências, e muito menos destas ambições.
Mas que mais vos posso dizer? É este o país que somos. É neste país que vivemos. É, goste-se ou não de quem está hoje no poder, é por este país que temos que lutar. Como diz Fidel Castro “hasta da vitória, siempre”!
Luis Filipe Malheiro
Jornal da Madeira, 29 de Janeiro 2007
O primeiro-ministro socialista, aproveitando a fragilidade da oposição que ninguém vê, associada a algum sucesso, há que reconhecê-lo, de algumas (poucas) das medidas constantes do programa de desburocratização do funcionalismo público, “Simplex”, fez o elogio da iniciativa com recados à minoria. Ana Gomes, a ex-maoísta e agora deputada socialista no PE, anda histérica quanto baste, tudo por causa dos aviões da CIA, de Guantanamo e de presos políticos que os Estados Unidos alegam estar detidos por causa de suspeitas de envolvimento em actividades terroristas. Já ninguém tem pachorra para aturar os “dramas” da euro-deputada socialista, que tem vindo a manter uma “perseguição” constante ao ministro Amado, ao actual governo socialista, sem que ninguém saiba o que a senhora pretende ao certo. À falta de outra coisa mais importante para o eleitorado que a colocou no tacho europeu, Ana Gomes vai esperneando enquanto lhe derem protagonismo na comunicação social, convencida que, algum dia, vamos saber a verdade de todas as patifarias que o sistema político americano tem feito, desde o 11 de Setembro, em nome da defesa dos interesses nacionais e da segurança do país e dos cidadãos. Até lá, ela vai continuar certamente a divertir-se e a divertir-nos, indiferente ao facto de haver ainda inquéritos em curso (?), cujas conclusões obrigatoriamente não têm que estar de acordo com a referida senhora pretende.
E como se tudo isso não bastasse, eis que na Câmara de Lisboa mais uma “bronca” com investigações policiais à mistura, processos judiciais, insinuações de troca de favores ou de influências, trocas de terrenos, com negociatas mal explicadas, etc. Até somos um país “sui generis” pois é um vereador da extrema-esquerda que terá sido alegadamente sondado por empresários para que um negócio se fizesse (!) numa determinada direcção e condições, enfim, tudo coisas demasiado estranhas, salvo o facto de vivermos num país estranho ao qual nos temos que habituar. E basta a “desgraça” alheia para que certos papagaios sem asas para voar – mas que é que lhes mete isso na cabeça?! – apareçam logo em bicos-de-pés a meter-se onde não são chamados, reclamando demissões, inclusivamente do seu líder de partido, a empolar um caso que, sendo naturalmente desagradável e incómodo, precisa de ser judicialmente esclarecido para que então, depois disso, rolem cabeças. Mas Luís Filipe Menezes não entende isso, não desistiu do tacho de líder do PSD, talvez porque convencido que vai ser seu “salvador”, e qual Ana Gomes na sua incontida histeria, salta logo para as luzes da ribalta, procurando o protagonismo próprio dos vencidos (ou derrotados?) fracos, porque continuam a não ser capazes de digerir a derrota ou, pior do que isso, a não ser capazes de perceber o seu próprio lugar e espaço de actuação e afirmação. O PSD nacional, coitado, não precisa destas cenas, deste tipo de divergências, e muito menos destas ambições.
Mas que mais vos posso dizer? É este o país que somos. É neste país que vivemos. É, goste-se ou não de quem está hoje no poder, é por este país que temos que lutar. Como diz Fidel Castro “hasta da vitória, siempre”!
Luis Filipe Malheiro
Jornal da Madeira, 29 de Janeiro 2007
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