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segunda-feira, 21 de maio de 2007

Cerca de 69 mil sacerdotes abandonaram ministério entre 1964 e 2000

Um estudo de cariz internacional mostra que 69 mil sacerdotes abandonaram o ministério sacerdotal ao longo de 35 anos, sobretudo para casar, mas 11 mil acabaram por regressar, noticia a agência Ecclesia na sua página de Internet. O portal de informação da Igreja Católica em Portugal, alojado em www.agencia.ecclesia.pt, acrescenta que os dados - aprovados pela Secretaria de Estado do Vaticano - foram veiculados pela revista italiana Civiltà Cattolica. Com base em informações relativas ao período entre 1964 e 2000, facultadas ao Vaticano pelas dioceses de todo o mundo, foi possível concluir que 69.063 sacerdotes deixaram o hábito durante aqueles 35 anos, sobretudo com vista a contrair matrimónio. Todavia, de 1970 a 2004, 11.213 sacerdotes (uma percentagem de 16,2 por cento) regressaram ao ministério. Ainda de acordo com os resultados publicados na revista jesuíta Civiltà Cattolica, de 2000 a 2004 abandonaram o sacerdócio mais de cinco mil padres por ano mas aumentou o número de pedidos de readmissão. O estudo avança ainda que 40 por cento dos pedidos de dispensa chegaram de sacerdotes pertencentes a ordens ou congregações religiosas. O artigo - assinado pelo director da publicação, o padre Gianpaolo Salvini, e intitulado "Padres que abandonam, padres que regressam" - visa desmontar a ideia do abandono em massa de sacerdotes, que ressurge quando está em debate a questão de celibato. Segundo Salvini, o perfil-tipo do sacerdote que abandona o ministério é o seguinte: foi ordenado aos 28 anos, tem 13 anos de carreira eclesiástica e 50 anos no momento de pedir a dispensa. O estudo permitiu ainda concluir que 50,2 por cento dos "desistentes" estavam casados civilmente antes de a sua renúncia ter sido aceite pelo Vaticano, enquanto 35,2 por cento continuam sozinhos. Fonte: Lusa

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