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segunda-feira, 21 de maio de 2007

Arábia Saudita organiza concurso de beleza... para camelos

Pernas longas, olhos enormes, corpos curvilíneos… estes concorrentes têm tudo o que se pode esperar de uma miss em qualquer parte do mundo mas uma crucial diferença: são camelos. A tribo Qahtani organizou uma competição para decidir ‘Os Mais Belos Camelos’ da deserta região de Guwei’yya, a cerca de 120 km de Riadh. «No Líbano têm a Miss Líbano. Nós aqui temos a Miss Camelo», brinca Walid, moderador do website para o evento. O petróleo trouxe a rápida modernização à Árabia Saudita, mas este patusco animal como o símbolo das tradições nómadas dos beduínos árabes.Através da História, os camelos cobriram as diversas necessidades daqueles: foram fonte de alimentação, transporte, máquina de guerra e até carinhosos animais de estimação. Estes mamíferos de duas bossas foram ainda fundamentais nas conquistas árabes e na disseminação da cultura islâmica, que ocorreu há mais de 1400 anos. São também prolífero negócio num país onde a sharia e os costumes tribais tornam impossível um concurso de beleza feminina. Fémeas delicadas e machos viris atraem a atenção no concurso, que move milhões. Os patrocinadores financiaram o certame com 10 milhões de rials (cerca de dois milhões de euros), o que pagou os veículos desportivos que serão dados como prémios aos camelos mais bonitos. «Os beduínos árabes estão intimamente ligados aos camelos e querem preservar a sua herança cultural. Esta competição também é importante porque ajuda a preservar o puro-sangue» afirmou à Reuters o xeque Omar, líder tribal. «Temos mais de 250 proprietários e mais de 1500 camelos».
Raínhas de Beleza irrequietas
Os concorrentes começam a ficar inquietos à medida que o vento sopra e cria remoinhos de areia no calor da tarde. No meio de uma multidão de beduínos, o painel de juízes ergue-se e aproxima-se dos camelos, alguns bem zangados, na esperança de acalmá-los. Condutores de camelos cantam antigas canções ao ouvido dos seus animais e afagam o pelo para sossegá-los. «Lindo, lindo!», sussurra um membro do jurí para si mesmo enquanto examina os espécimes. «O nariz deve ser longo e virado para baixo, é mais bonito» explica o Sultão al-Qahtani, um dos organizadores. «As orelhas devem ficar para trás e o pescoço deve ser longo. A bossa deve ser alta e ligeiramente inclinada para trás». Algumas fêmeas têm uma espécie de 'cinto de castidade' para evitar qualquer abordagem dos machos. Um camelo particularmente teimoso, de nome Marjaa, foi afastado. «Este valia um milhão!», comenta Hamad al-Sudani, um condutor de camelos, ao observar o garanhão, que em árabe se chama fahl. Fonte: Sol

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