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terça-feira, 2 de janeiro de 2007

Descobertos três túmulos de dentistas da época faraónica

A detenção de um grupo de ladrões de sepulturas, no Egipto, permitiu descobrir os túmulos de três dentistas que estavam escondidos no deserto há milhares de anos, junto da mais antiga pirâmide do país. Os ladrões foram detidos há dois meses, numa noite de Verão, quando iniciavam as suas próprias escavações, disse aos jornalistas o chefe do Conselho Supremo das Antiguidades do Egipto, Zahi Hawass. A detenção levou os arqueólogos à descoberta de três túmulos, um dos quais tinha inscrito um aviso de que quem o violasse seria devorado por um crocodilo e por uma serpente.
Os túmulos datam da Quinta Dinastia, há mais de quatro mil anos, e destinavam-se a glorificar três dentistas que tratavam os faraós e as respectivas famílias. A sua localização, perto da pirâmide em degraus de Djoser, considerada a mais antiga do Egipto, indica o respeito devido aos dentistas pelos faraós, que "davam importância ao tratamento dos seus dentes", segundo Hawass.
Embora os seus serviços fossem requeridos pelos poderosos, os dentistas não partilhavam da riqueza destes. Os túmulos, que não continham as respectivas múmias, são de tijolo de lama e calcário, mas não de calcário puro, ao contrário dos da classe alta do antigo Egipto. Durante uma visita ao local, Hawass chamou a atenção para dois hieróglifos - um olho sobre um dente - que aparecem frequentemente entre as filas de símbolos que decoram os túmulos. Foram esses dois hieróglifos que identificaram os homens como dentistas.
Embora os arqueólogos explorem há mais de 150 anos as ruínas do antigo Egipto, julga-se que ainda só se conheça 30 por cento do que está escondido sob as areias do deserto. As escavações prosseguem em Sakkara, 19 quilómetros a sul do Cairo, onde os arqueólogos esperam encontrar mais túmulos

fonte: Lusa

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