Ilha artificial no Dubai recebe primeiros residentes
Cinco anos depois do início das obras, a Palm Jumeirah, primeira das ilhas artificiais em construção ao largo do Dubai, vai receber em breve os seus primeiros residentes, ainda que se mantenha acesa a discussão sobre o impacto ambiental do enorme projecto.
Um activista da defesa do ambiente, Ibrahim Al Zubi, não hesita em afirmar que "os projectos são positivos para o país" por terem dado uma imagem positiva do Dubai em todo o mundo, mas sublinha que eles "fazem aumentar a pressão sobre os recursos naturais". A alguns quilómetros da Palm Jumeirah, uma enorme ilha em forma de palmeira com uma área de cinco por cinco quilómetros, continuam as obras para completar, até ao fim de 2008, The World, um conjunto de cerca de 300 ilhas artificiais que, visto do céu, forma um planisfério.
The World e os três projectos Palm pertencem à sociedade imobiliária Nakheel, controlada pelo emirado do Dubai. A Nakheel anunciou há dias que até ao fim do ano irá proceder à entrega aos proprietários das chaves dos 3900 apartamentos e villas na Palm Jumeirah, com um atraso de cerca de meio ano em relação à data prevista. Para os últimos, o atraso será bem superior a um ano.
As vivendas mais luxuosas da Palm Jumeirah têm um custo avaliado em quatro milhões de dólares e a Nakheel acredita que na primeira quinzena de Dezembro já haverá proprietários a viver ali. O facto será assinalado por uma grande campanha publicitária que arrancará em Londres no dia 9 de Novembro: um enorme balão dirigível vai sobrevoar os principais monumentos da capital britânica "para estabelecer uma comparação" e mostrar que as Palms são uma nova maravilha do mundo. A iniciativa há-de repetir-se sucessivamente em Paris, Milão, Roma e Cairo.
Enquanto isto, prosseguem as obras para fazer emergir das águas do Golfo duas outras ilhas artificiais em forma de palmeira, ainda mais imponentes que a Pal Jumeirah. São a Palm Jebel Ali, a oeste, e a Palm Deira, a leste; está terá 18 quilómetros de comprimento por nove de largura. Este último projecto, lançado em 2004, ainda está na sua fase inicial e apenas 13 por cento da ilha se encontra formada, por areia retirada do fundo do mar ao longo da costa.
O empreendimento The World é diferente, já que as ilhas são vendidas em estado bruto; a Nakheel limita-se a criá-las e cabe aos investidores definirem o seu desenvolvimento, embora dentro de parâmetros rígidos, nomeadamente a altura das áreas construídas.
A empresa proprietária afirma que 50 por cento das ilhas já estão vendidas, por preços que oscilam entre os 12 e os 31 milhões de euros. O que falta compreender completamente é o impacto destes projectos sobre o ambiente. Antes da construção das ilhas artificiais - observa um porta-voz da empresa, Adnan Dawood -, esta zona do Golfo era sobretudo uma zona migratória para os peixes, mas hoje "quinze espécies de peixes já fizeram do local o seu habitat" e até golfinhos já apareceram. Ibrahim Al Zubi, que é director para assuntos ambientais da Asssociação dos Mergulhadores dos Emirados, um movimento ecologista, tem dúvidas sobre este número, embora reconheça nos projectos "efeitos positivos: novas praias, novos locais para mergulhar, os golfinhos".
Um activista da defesa do ambiente, Ibrahim Al Zubi, não hesita em afirmar que "os projectos são positivos para o país" por terem dado uma imagem positiva do Dubai em todo o mundo, mas sublinha que eles "fazem aumentar a pressão sobre os recursos naturais". A alguns quilómetros da Palm Jumeirah, uma enorme ilha em forma de palmeira com uma área de cinco por cinco quilómetros, continuam as obras para completar, até ao fim de 2008, The World, um conjunto de cerca de 300 ilhas artificiais que, visto do céu, forma um planisfério.
The World e os três projectos Palm pertencem à sociedade imobiliária Nakheel, controlada pelo emirado do Dubai. A Nakheel anunciou há dias que até ao fim do ano irá proceder à entrega aos proprietários das chaves dos 3900 apartamentos e villas na Palm Jumeirah, com um atraso de cerca de meio ano em relação à data prevista. Para os últimos, o atraso será bem superior a um ano.
As vivendas mais luxuosas da Palm Jumeirah têm um custo avaliado em quatro milhões de dólares e a Nakheel acredita que na primeira quinzena de Dezembro já haverá proprietários a viver ali. O facto será assinalado por uma grande campanha publicitária que arrancará em Londres no dia 9 de Novembro: um enorme balão dirigível vai sobrevoar os principais monumentos da capital britânica "para estabelecer uma comparação" e mostrar que as Palms são uma nova maravilha do mundo. A iniciativa há-de repetir-se sucessivamente em Paris, Milão, Roma e Cairo.
Enquanto isto, prosseguem as obras para fazer emergir das águas do Golfo duas outras ilhas artificiais em forma de palmeira, ainda mais imponentes que a Pal Jumeirah. São a Palm Jebel Ali, a oeste, e a Palm Deira, a leste; está terá 18 quilómetros de comprimento por nove de largura. Este último projecto, lançado em 2004, ainda está na sua fase inicial e apenas 13 por cento da ilha se encontra formada, por areia retirada do fundo do mar ao longo da costa.
O empreendimento The World é diferente, já que as ilhas são vendidas em estado bruto; a Nakheel limita-se a criá-las e cabe aos investidores definirem o seu desenvolvimento, embora dentro de parâmetros rígidos, nomeadamente a altura das áreas construídas.
A empresa proprietária afirma que 50 por cento das ilhas já estão vendidas, por preços que oscilam entre os 12 e os 31 milhões de euros. O que falta compreender completamente é o impacto destes projectos sobre o ambiente. Antes da construção das ilhas artificiais - observa um porta-voz da empresa, Adnan Dawood -, esta zona do Golfo era sobretudo uma zona migratória para os peixes, mas hoje "quinze espécies de peixes já fizeram do local o seu habitat" e até golfinhos já apareceram. Ibrahim Al Zubi, que é director para assuntos ambientais da Asssociação dos Mergulhadores dos Emirados, um movimento ecologista, tem dúvidas sobre este número, embora reconheça nos projectos "efeitos positivos: novas praias, novos locais para mergulhar, os golfinhos".
fonte: Christian Chaise, Jornalista da AFP (Publico)
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