Colombia: A cadela Agata tem a cabeça a prémio e um corpo de guarda-costas
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"Temos um cuidado especial com o que ela come", disse Robert Olanda, um dos guardas que a protegem. A Polícia precisou que foram oferecidos pelos narcotraficantes 10 mil dólares a quem matar Agata depois de, em 2004, ela ter detectado várias quantidades de cocaína - de que a Colômbia é um dos maiores produtores mundiais.
Agata é um dos cerca de 700 cães usados pela Polícia Nacional colombiana para detectar não só cocaína, mas também heroína e explosivos usados pelos numerosos grupos envolvidos em quatro décadas de uma guerra de guerrilha que mata milhares de pessoas anualmente.
A localidade de Letícia é popular entre os contrabandistas que traficam para o Brasil, Peru e Estados Unidos - o maior consumidor da cocaína colombiana. No entanto, eles têm de passar primeiro por Agata, uma retriever Labrador [de pêlo branco curto] de 36 quilos, que investiga energicamente, por dia, cinco aviões de carga e um de passageiros. Desde que começou a sua actividade em 2003, já ajudou os agentes a confiscar 20 quilos de heroína.
[Curiosamente, a história de Agata vem a público poucos dias depois de a BBC ter noticiado que o chefe da unidade de cães no aeroporto internacional de Bogotá, a capital colombiana, Fraddy Castro, foi preso numa rusga contra uma rede de traficantes dirigida por um antigo chefe da polícia.]
Fonte: Luis Jaime Acosta em Letícia (Colômbia), Publico
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