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terça-feira, 19 de junho de 2007

Desenvolvimento mata 13 milhões por ano

Pelo menos 13 milhões de vidas em todo o mundo poderiam ser salvas anualmente se fossem tomadas medidas para reduzir o impactos ambientais associados ao desenvolvimento, tais como a poluição, a insegurança no trabalho, a radiação ultravioleta, o ruído, a contaminação agrícola, as mudanças climáticas e as modificações do ecossistema. Segundo as estimativas da OMS (Organização Mundial da Saúde), a baixa dos níveis de poluição atmosférica já permitiria evitar 865 mil mortes por ano. Esta é a primeira vez que a OMS analisa o impacto ambiental, fruto do desenvolvimento, em todo o mundo, país a país. Em certos países, afirma a organização, uma melhoria das condições salubridade permitiria reduzir em mais de 1/3 as taxas nacionais de morbilidade. De acordo com o documento, os países mais afectados são Angola, Burkina Faso, o Mali e o Afeganistão. São as crianças destes países, com menos de cinco anos, que mais sofrem com os problemas ambientais, acabando muitas vezes por morrer devido a infecções provocadas pelo consumo de água não potável ou por doenças respiratórias. Portugal, com 1.900 mortes anuais atribuídas à poluição atmosférica urbana, não entra na lista negra dos países com piores condições de vida. No entanto, de acordo com a OMS, pelo menos 15 mil mortes poderiam ser evitadas todos os anos no nosso país, caso fossem melhorados certos factores ambientais e comportamentais. Comparado com outros países, Portugal tem taxas anuais muito elevadas (em alguns casos próximas dos países com os piores índices) de mortes por doenças cardiovasculares, cancros, desordens neuropsiquiátricas, patologias ósseas e musculares, asma, cancro do pulmão, doenças respiratórias, problemas pulmonares crónicos, acidentes de viação (1,1%), acidentes domésticos e outros.
Mortes evitáveis
Em 23 países analisados, mais de 10% das mortes são provocadas por dois factores de risco: água contaminada (inclui falta de saneamento e de higiene) e poluição ambiental doméstica por uso de combustível fóssil (que quando queimado provoca a emissão de gases poluentes). A OMS calcula que, em consequência dos problemas ambientais, a população dos países mais pobres vive em média 20 anos menos que nos países mais desenvolvidos. Mas o problema não afecta apenas os mais países pobres, embora estes sejam mais vulneráveis. Segundo a OMS, os países desenvolvidos não estão imunes aos impactos ambientais na saúde. Mesmo nestes países com melhores condições de vida, cerca de 1/6 das mortes poderiam ser evitadas com a prevenção das doenças cardiovasculares e dos acidentes de viação. A OMS chama a atenção para a situação de países com economias emergentes, tais como a Índia e a Rússia. Várias regiões destes países não têm sistemas de abastecimento de água fiáveis, assim como registam níveis de poluição atmosférica muito elevados. Outro factor a ter em conta é a crescente sedentarização da população – derivada em parte dos avanços económicos – que tem provocado um aumento do número de mortes por acidentes cardiovasculares (fonte: Maria Luiza Rolim, Expresso)

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