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quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Financiamento de televisões regionais passa por publicidade

O financiamento das televisões regionais deve passar por obter receitas publicitárias, captando sobretudo anunciantes locais, defendem especialistas contactados pela Lusa, que alertam, no entanto, para a necessidade de existir medições credíveis de audiências.
"Penso que existe um potencial de anunciantes regionais, para quem não faz sentido investir num canal nacional, mas que passam a ter aqui um meio interessante", defende o presidente da agência de publicidade Brainstorm, Paulo Rato. "A venda de espaço publicitário é uma âncora incontornável no modelo económico de qualquer canal televisivo", afirma o responsável que admite duvidar da viabilidade económica das cerca de duas dezenas de canais regionais já existentes. Mas viver da publicidade implica, de acordo com o presidente da agência de planeamento de meios Carat, André Andrade, ter "uma base de custo muito baixa" conseguida com programação à base de "produções locais e conteúdos muito regionais". "Existe neste tipo de oferta um interesse especial para empresas e produtos de âmbito regional as quais não têm dimensão para estar a anunciar a nível nacional", exemplifica. A oferta "também é interessante para retalhistas que pretendam diversificar ou segmentar a sua oferta por regiões, como supermercados ou concessionários de automóveis", acrescenta. Já Paulo Rato acha que os potenciais anunciantes serão "aqueles para quem a rentabilidade de investimento ou o próprio custo inviabiliza o recurso à televisão" como sejam "os pequenos negócios de âmbito regional e instituições públicas".Opinião reforçada também por Fernando Cruz, presidente da rede de agências de planeamento de meios Havas Media, que acredita que as televisões regionais funcionarão para "nichos de mercado" e, consequentemente, terão um "perfil do anunciante também regional". Victor Vasques, o presidente da holding de publicidade e comunicação Grupo Grey, também acredita que "os anunciantes de carácter geográfico relevante coincidente com a cobertura do canal regional serão os mais interessados", mas defende igualmente o potencial destes suportes para os grandes anunciantes, para quem as televisões regionais podem ser "uma ferramenta de comunicação táctica muito interessante e complementar às televisões de cobertura nacional". As televisões regionais contarão sempre com o interesse de anunciantes, adianta André Andrade, embora o tipo de marcas que quererão estar presentes "dependa de quem efectivamente for a audiência desses canais". Por isso, insiste, uma questão fundamental para as televisões regionais "será a existência de uma plataforma credível de medição de audiências". (fonte: Diário Económico)

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