Opinião: NOTAS SOLTAS
- O Conselho Europeu reunido no final do ano em Bruxelas, mais do que ter assinalado o final da presidência portuguesa, ficou marcado pela tentativa da nomenclatura europeia de colocar em evidencia as regiões, em contra-ciclo com o que tem sido o comportamento sistemático da União, o de reforçar o poder dos estados em detrimento da perspectiva de ditar de maior protagonismo as regiões: “Haverá também que reforçar o papel das regiões em prol do crescimento e do emprego, tal como se reconhece na nova geração de programas da política de coesão que abrangem o período de 2007 a 2013. Os instrumentos de Lisboa deverão ser plenamente utilizados reforçando a coordenação horizontal existente, desenvolvendo uma comunicação adaptada às situações específicas e envolvendo todas as partes interessadas”.
- Ficamos recentemente a saber, por declarações de um dos antigos administradores da RTP, Jorge Ponce, que esta empresa poderá ter que despedir 200 trabalhadores, “a médio prazo, caso não sejam feitos cortes orçamentais”.Diz ele, para justificar esta sua declaração, que a RTP perderá cerca de 25 milhões de euros em receitas na sequência do provável lançamento de um novo canal com emissão em sinal aberto, situação pela qual "é necessário poupar". “Teremos de ter cortes significativos no futebol. Não podemos continuar a gastar o que se gasta no acompanhamento dos estágios das equipas de futebol e mesmo as transmissões de jogos vão levar obrigatoriamente um enorme corte. Tudo isso irá permitir uma poupança de 5 a 6 milhões". A minha dúvida é saber até que ponto este corte de verbas, será possível num ano, 2008, marcado pela presença da selecção portuguesa na fase final do campeonato da Europa de futebol. Quererá isto dizer que o operador televisivo nacional continua a revelar desequilíbrios financeiros que serão disfarçados com injecções financeiras directa sou indirectas?
- Canárias é a oitava região da União Europeia com a taxa de desemprego mais elevada em 2006, a qual se situou nos 11,7% contra uma média de 8,2% da União. Dados do Eurostat, envolvendo 16 regiões comunitárias da taxa de desemprego mais que duplicava a média dos vinte e sete entre as quais na Alemanha (Berlim incluída, com 18,7%), quatro em França, duas na Eslováquia e Polónia, e uma na Bélgica (Bruxelas, com 17,6%) y Espanha. No extremo contrário tínhamos 30 regiões com um desemprego inferior a 4,1% (metade da média comunitária), lideradas pela britânica Escocia Noreste e pela italiana de Bolzano, com apenas 2,6%, a holandesa de Zeeland (2,7%) e a capital checa, Praga (2,8%). Em Espanha, o desemprego no ano passado, situou-se nos 8,5% e em apenas dez comunidades autonómicas era inferior à média da UE. Navarra era no final de 2006 a melhor com uma taxa de 5,3%, seguida de Aragão (5,5%), La Rioja (6,2%), Madrid (6,4%), Baleares (6,5%), Catalunha e Cantábria (ambas com 6,6%). Depois de Ceuta, com 21% de desemprego, aparecem a Estremadura (13,4%), Andaluzia (12,7%) e Canárias (11,7%). Quanto ao desemprego feminino, que na União Europeia se situou nos 9% e em Espanha nos 11,6%, ele revelou-se particularmente elevado em Ceuta (29,9%) e Melilla (22,2%), apesar dos dados serem considerados pouco fiáveis pelo Eurostat. A Estremadura aparecia entre as dez regiões da União com os piores indicadores, com uma taxa de 19%. Navarra (com 7,1% de desemprego entre as mulheres), La Rioja (7,8%), Aragão (8%), Baleares (8,3%), Catalunha (8,4%) e Madrid (8,6%) estavam melhor posicionadas que a média comunitária. Por outro lado, as regiões espanholas com mais desemprego feminino eram, depois das duas cidades autónomas e da Estremadura, as da Andaluzia (17,9%), Castilla-La Mancha (14,9%), Astúrias (12,6%) e de Castilla e León (12,4%)". Segundo os dados do Eurostat, o desemprego total em Portugal era no final de 2006 de 7,7% (7,6% em 2005). A Madeira apresentava 5,4% (4,5%), mas curiosamente os Açores não constam do documento divulgado, o que não deixa de ser estranho. O Alentejo tinha 9,2% de desempregados em 2006 (9,1% em 2005), contra 8,5% em Lisboa e Vale do Tejo (8,6%), 5,5% no Centro (5,2%), 5,5% no Algarve (6,2%), 8,9% no Norte (8,8%). O Continente apresentava um desemprego de 7,8% em 2006, tal como em 2005. Espero que alguém trate de saber os motivos da ausência dos Açores desta relação. No caso da Madeira, os dados relativos a mulheres e jovens dos 15 aos 24 anos, também não foram divulgados. Refira-se que o desemprego nas Baleares era de 6,5% em 2006 (7,2% em 2005) e que nas Canárias era de 11,7% em 2006 e 2005. A Córsega, França, passou de 10,9 em 2005 para 10,6% em 2006, contra 13,5% na Sicília (16,2% em 2005) e 10,8% na Sardenha (12,9% em 2005).
- Ficamos recentemente a saber, por declarações de um dos antigos administradores da RTP, Jorge Ponce, que esta empresa poderá ter que despedir 200 trabalhadores, “a médio prazo, caso não sejam feitos cortes orçamentais”.Diz ele, para justificar esta sua declaração, que a RTP perderá cerca de 25 milhões de euros em receitas na sequência do provável lançamento de um novo canal com emissão em sinal aberto, situação pela qual "é necessário poupar". “Teremos de ter cortes significativos no futebol. Não podemos continuar a gastar o que se gasta no acompanhamento dos estágios das equipas de futebol e mesmo as transmissões de jogos vão levar obrigatoriamente um enorme corte. Tudo isso irá permitir uma poupança de 5 a 6 milhões". A minha dúvida é saber até que ponto este corte de verbas, será possível num ano, 2008, marcado pela presença da selecção portuguesa na fase final do campeonato da Europa de futebol. Quererá isto dizer que o operador televisivo nacional continua a revelar desequilíbrios financeiros que serão disfarçados com injecções financeiras directa sou indirectas?
- Canárias é a oitava região da União Europeia com a taxa de desemprego mais elevada em 2006, a qual se situou nos 11,7% contra uma média de 8,2% da União. Dados do Eurostat, envolvendo 16 regiões comunitárias da taxa de desemprego mais que duplicava a média dos vinte e sete entre as quais na Alemanha (Berlim incluída, com 18,7%), quatro em França, duas na Eslováquia e Polónia, e uma na Bélgica (Bruxelas, com 17,6%) y Espanha. No extremo contrário tínhamos 30 regiões com um desemprego inferior a 4,1% (metade da média comunitária), lideradas pela britânica Escocia Noreste e pela italiana de Bolzano, com apenas 2,6%, a holandesa de Zeeland (2,7%) e a capital checa, Praga (2,8%). Em Espanha, o desemprego no ano passado, situou-se nos 8,5% e em apenas dez comunidades autonómicas era inferior à média da UE. Navarra era no final de 2006 a melhor com uma taxa de 5,3%, seguida de Aragão (5,5%), La Rioja (6,2%), Madrid (6,4%), Baleares (6,5%), Catalunha e Cantábria (ambas com 6,6%). Depois de Ceuta, com 21% de desemprego, aparecem a Estremadura (13,4%), Andaluzia (12,7%) e Canárias (11,7%). Quanto ao desemprego feminino, que na União Europeia se situou nos 9% e em Espanha nos 11,6%, ele revelou-se particularmente elevado em Ceuta (29,9%) e Melilla (22,2%), apesar dos dados serem considerados pouco fiáveis pelo Eurostat. A Estremadura aparecia entre as dez regiões da União com os piores indicadores, com uma taxa de 19%. Navarra (com 7,1% de desemprego entre as mulheres), La Rioja (7,8%), Aragão (8%), Baleares (8,3%), Catalunha (8,4%) e Madrid (8,6%) estavam melhor posicionadas que a média comunitária. Por outro lado, as regiões espanholas com mais desemprego feminino eram, depois das duas cidades autónomas e da Estremadura, as da Andaluzia (17,9%), Castilla-La Mancha (14,9%), Astúrias (12,6%) e de Castilla e León (12,4%)". Segundo os dados do Eurostat, o desemprego total em Portugal era no final de 2006 de 7,7% (7,6% em 2005). A Madeira apresentava 5,4% (4,5%), mas curiosamente os Açores não constam do documento divulgado, o que não deixa de ser estranho. O Alentejo tinha 9,2% de desempregados em 2006 (9,1% em 2005), contra 8,5% em Lisboa e Vale do Tejo (8,6%), 5,5% no Centro (5,2%), 5,5% no Algarve (6,2%), 8,9% no Norte (8,8%). O Continente apresentava um desemprego de 7,8% em 2006, tal como em 2005. Espero que alguém trate de saber os motivos da ausência dos Açores desta relação. No caso da Madeira, os dados relativos a mulheres e jovens dos 15 aos 24 anos, também não foram divulgados. Refira-se que o desemprego nas Baleares era de 6,5% em 2006 (7,2% em 2005) e que nas Canárias era de 11,7% em 2006 e 2005. A Córsega, França, passou de 10,9 em 2005 para 10,6% em 2006, contra 13,5% na Sicília (16,2% em 2005) e 10,8% na Sardenha (12,9% em 2005).
Luís Filipe Malheiro (in "Jornal da Madeira", 28 de Dezembro 2007)
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