Moedas canadianas espiam americanos
Um relatório governamental dos EUA revela a existência de moedas canadianas com transmissores. O documento aponta ainda que as misteriosas moedas foram encontradas em posse dos empreiteiros americanos a trabalharem para o Pentágono, entre Outubro de 2005 e Janeiro de 2006, período em que estiveram no Canadá. Contudo, o relatório, cujas perguntas mais pertinentes ficam por responder, não explica quem é que poderia estar a espiar os construtores americanos, nem porquê. Também não explica como é que o Pentágono chegou a esta descoberta, como funcionam os transmissores, nem tão pouco quais as moedas canadianas que os contêm. Segundo o Departamento de Segurança e Defesa norte-americano, todos os assuntos não tornados públicos são secretos e o Governo reforça que estes incidentes aconteceram e o risco é verdadeiro. “O que está no relatório é verdade”, confirmou Martha Deutscher, porta-voz dos serviços de segurança, sublinhando ainda que nem toda a informação foi tornada pública. “Esta é realmente uma versão sintetizada e que deixa muitas perguntas por responder”. Segundo peritos estrangeiros, os suspeitos do costume: China, Rússia e até a França, são países que actualmente tem serviços de espionagem a operar em solo canadiano, e segundo os mesmos peritos terão a tecnologia suficiente para desenvolverem este tipo de equipamento.
Canadianos afastam responsabilidade
Canadianos afastam responsabilidade
A porta-voz dos Serviços Secretos Canadianos (SSC), Barbara Campion, descarta qualquer responsabilidade neste Coingate, e reforça que as autoridades competentes estão a tratar do assunto. “É um tema que acabou de ser abordado e a que daremos toda a atenção”. Campion sublinha ainda, que os serviços secretos canadianos estão a trabalhar em colaboração directa com os seus colegas americanos. Os SSC não esconderam a surpresa quando souberam da descoberta deste inovador método de espionagem, mas afastaram as insinuações que o Governo canadiano poderia andar a espionar os vizinhos do sul. Sublinhando que as forças secretas de ambos os países são bastante próximas e que partilham segredos com regularidade. “Parecer-me-ia impensável”. Disse David Harris, antigo chefe do planeamento estratégico para os SSC. “Nunca esperaria ver uma operação ofensiva contra os americanos”. Harris avança ainda com as suas próprias conclusões, sublinhando como principais suspeitos para operações deste calibre, espiões estrangeiros que localizam americanos fora dos Estados Unidos ou ainda, tratar-se muito simplesmente de espionagem empresarial. “Realmente esta é uma história com contornos misteriosos”.
A visão dos especialistas
Quanto à lógica, eficiência e até existência das moedas espiãs, os peritos defendem os seus pontos de vista e opiniões. Se alguns colocam em causa a existência dos pequenos objectos metálicos, os outros duvidam da sua eficiência. Segundo eles, transmissores tão pequenos teriam obrigatoriamente um muito limitado campo de acção para comunicarem, o que teria de ser feito com sensores a apenas escassos metros de distância, escondidos, por exemplo no interior duma porta. O metal das moedas também iria provocar interferências nas transmissões. “Não conheço nenhum transmissor que possa caber no interior duma moeda e transmitir para quilómetros de distância”, refere Katherine Albrecht, uma activista defensora que estas tecnologias acarretam grandes riscos para a privacidade. “Seja quem for que tenha feito isto, tem obviamente acesso a tecnologias de ponta”. Por outro lado, ainda há os peritos que não vêm muito lógica neste tipo de espionagem. “Não me parece ser o melhor sítio para colocar algo desse género, até porque a prioridade seria colocar em algo que não se gastasse ou se esquecesse”. Sublinha Jeff Richelson, um investigador e autor de vários livros sobre a CIA e as suas engenhocas. “Não faz muito sentido”. Contudo, uma coisa é certa: todos os peritos nestas matérias falam a uma só voz no que toca a concordarem que uma moeda com um pequeno localizador não levantaria suspeitas, caso fosse encontrada num bolso ou numa mala.
Mundo assustador
A maior moeda canadiana tem a alcunha de “Toonie”, o valor de dois dólares e dois centímetros e meio de diâmetro, para além da espessura suficiente para esconder um pequeno transmissor. O relatório de 29 páginas não se fica pelas moedas e debruça-se sobre outras ameaças de espionagem igualmente ameaçadoras: ataques de hackers, escutas com pequenos gravadores e até o caso de uma estrangeira que, seduziu o namorado americano, para lhe roubar as palavras-passe do computador. Por seu lado e para compor toda esta trama, a CIA reconheceu ter usado moedas ocas de dólar para esconder mensagens e filmes.
Fonte: Pedro Chaveca, Expresso
A visão dos especialistas
Quanto à lógica, eficiência e até existência das moedas espiãs, os peritos defendem os seus pontos de vista e opiniões. Se alguns colocam em causa a existência dos pequenos objectos metálicos, os outros duvidam da sua eficiência. Segundo eles, transmissores tão pequenos teriam obrigatoriamente um muito limitado campo de acção para comunicarem, o que teria de ser feito com sensores a apenas escassos metros de distância, escondidos, por exemplo no interior duma porta. O metal das moedas também iria provocar interferências nas transmissões. “Não conheço nenhum transmissor que possa caber no interior duma moeda e transmitir para quilómetros de distância”, refere Katherine Albrecht, uma activista defensora que estas tecnologias acarretam grandes riscos para a privacidade. “Seja quem for que tenha feito isto, tem obviamente acesso a tecnologias de ponta”. Por outro lado, ainda há os peritos que não vêm muito lógica neste tipo de espionagem. “Não me parece ser o melhor sítio para colocar algo desse género, até porque a prioridade seria colocar em algo que não se gastasse ou se esquecesse”. Sublinha Jeff Richelson, um investigador e autor de vários livros sobre a CIA e as suas engenhocas. “Não faz muito sentido”. Contudo, uma coisa é certa: todos os peritos nestas matérias falam a uma só voz no que toca a concordarem que uma moeda com um pequeno localizador não levantaria suspeitas, caso fosse encontrada num bolso ou numa mala.
Mundo assustador
A maior moeda canadiana tem a alcunha de “Toonie”, o valor de dois dólares e dois centímetros e meio de diâmetro, para além da espessura suficiente para esconder um pequeno transmissor. O relatório de 29 páginas não se fica pelas moedas e debruça-se sobre outras ameaças de espionagem igualmente ameaçadoras: ataques de hackers, escutas com pequenos gravadores e até o caso de uma estrangeira que, seduziu o namorado americano, para lhe roubar as palavras-passe do computador. Por seu lado e para compor toda esta trama, a CIA reconheceu ter usado moedas ocas de dólar para esconder mensagens e filmes.
Fonte: Pedro Chaveca, Expresso
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