Nasceu a WikiLeaks para os ciberdissidentes
Os ciberdissidentes chineses e de outros regimes opressivos espalhados pelo planeta vão ter brevemente à sua disposição um site na internet que lhes permitirá dizerem o que quiserem ou divulgarem os documentos mais sensíveis sem terem medo de serem perseguidos ou presos. A WikiLeaks, anunciada esta semana, tem uma tecnologia que permite o precioso anonimato de quem denuncia, discorda e discute na página. Segundo a página da WikiLeaks (www.wikileaks.org), o principal objectivo deste novo espaço é denunciar as injustiças dos "regimes opressores" na Ásia, na antiga União Soviética, na África subsariana e no Médio Oriente. Mas também terá espaço para as queixas sobre "condutas pouco éticas" provenientes do Ocidente. Esta Wiki foi criada por "ciberdissidentes chineses, matemáticos e técnicos informáticos dos EUA, Taiwan, Europa, Austrália e África do Sul" e entre os seus consultores conta com "expatriados russos e tibetanos, jornalistas e criptógrafos", bem como um antigo analista dos serviços secretos norte-americanos, referia o El Mundo, citando a agência EFE.
A New Scientist (NS) explicava que normalmente a origem de um e-mail ou de um documento colocado num website pode ser identificada porque cada conjunto de dados contém um enderço IP do último server por onde passou. Para evitar que isso aconteça recorreu a um protocolo conhecido por The Onion Router que baralha tudo. "Imaginem", explicou à NS, Bruce Schneier, um criptógrafo californiano, "uma enorme sala cheia pessoas, onde muitas delas estão a passar envelopes umas às outras. Como é que seria possível saber onde é que a viagem de um desses envelopes começou?" Sem qualquer ligação à Wikipédia (censurada na China), a WikiLeaks partilha com a famosa enciclopédia on-line a "a filosofia radicalmente democrática" da primeira. Actualmente, segundo o seu site, a WikiLeaks já recebeu mais de 1.1 milhões de documentos de comunidades dissidentes e fontes anónimas.
A New Scientist (NS) explicava que normalmente a origem de um e-mail ou de um documento colocado num website pode ser identificada porque cada conjunto de dados contém um enderço IP do último server por onde passou. Para evitar que isso aconteça recorreu a um protocolo conhecido por The Onion Router que baralha tudo. "Imaginem", explicou à NS, Bruce Schneier, um criptógrafo californiano, "uma enorme sala cheia pessoas, onde muitas delas estão a passar envelopes umas às outras. Como é que seria possível saber onde é que a viagem de um desses envelopes começou?" Sem qualquer ligação à Wikipédia (censurada na China), a WikiLeaks partilha com a famosa enciclopédia on-line a "a filosofia radicalmente democrática" da primeira. Actualmente, segundo o seu site, a WikiLeaks já recebeu mais de 1.1 milhões de documentos de comunidades dissidentes e fontes anónimas.
Fonte: Publico
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