Alemanha quer tirar cidadania a Hitler
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Em 1932, a solução surge através da nomeação para um cargo administrativo em Braunschweig. Hitler não chegou a desempenhar as funções, mas conseguiu o seu objectivo: tornara-se cidadão alemão. Um ano depois, os nazis chegavam ao poder. Hoje, este episódio continua a marcar o quotidiano dos habitantes de Braunschweig, que se sentem incomodados de cada vez que se fala no ditador responsável pela morte de seis milhões de judeus. Em declarações ao Hannoversche Allgemeine Zeitung, Saalmann disse: "Se a Baixa-Saxónia, sucessora legal do estado livre de Braunschweig, se afastar da naturalização de Hitler, talvez ultrapasse o trauma."
Cidadão pouco ortodoxo
A forma como Hitler obteve a nacionalidade alemã pode ter sido pouco ortodoxa, mas a moção apresentada por Saalmann terá alguma dificuldade em ser aprovada. De facto, a Constituição alemã proíbe que se retire a nacionalidade a alguém que fique apátrida; o que se aplica no caso de Hitler, já que este renunciou à cidadania austro-húngara em 1925. Especialistas ouvidos pelo diário britânico The Times, acrescentaram que, estando o ditador morto, tirar-lhe a cidadania poderá ser complicado, apesar de algumas cidades já lhe terem retirado a cidadania honorária (ver caixa). "Quem morreu, morreu. Já não há nada para retirar", garantiu ao Der Spiegel um responsável da Baixa-Saxónia.
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Fonte: Helena Tecedeiro, DN de Lisboa
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