EUA: Antigo membro do Ku Klux Klan responde por crime de 1964Antigo membro do Ku Klux Klan responde por crime de 1964
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Entre os indivíduos ouvidos na altura encontrava-se ainda Charles M. Edwards, que nos registos da polícia é citado a confirmar ter participado, juntamente com Seale, na perseguição, rapto e agressão dos dois jovens negros.
Edwards - que agora escapou à acusação mas deverá ser chamado como principal testemunha - garantiu porém que Henry Dee e Charles Moore estavam vivos quando foram abandonados, na floresta nacional de Homochitto, perto da fronteira com o estado da Luisiana.
Investigações reabertas
A reconstituição do crime apresentada pelo FBI dá conta de uma planeada operação de perseguição montada pelos membros do Ku Klux Klan - que pensavam que Dee e Moore faziam parte de uma organização de negros muçulmanos que conspirava uma revolta armada.
Os dois jovens terão sido forçados a entrar no carro e conduzidos para a floresta, onde foram amarrados a árvores e espancados. Ainda amarrados, e com a boca coberta de fita adesiva, foram depois atirados ao rio. A acusação contra Seale aparece sete anos depois de o FBI ter reaberto uma série de investigações de crimes raciais ocorridos nos anos 50 e 60, quando a América vivia um turbulento período de ataques contra negros e outras minorias. Apesar das décadas decorridas desde os crimes, as equipas de investigação têm sido bem sucedidas a concluir vários processos judiciais - entre eles o que julgou o assassinato dos activistas pelos direitos civis James Chaney, Andrew Goodman e Michael Schwerner (um caso recordado no filme Mississipi Burning), que desencadeou a descoberta dos homicídios de Natchez.
Fonte: Rita Siza, Washington, Publico
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