Portugal: Portugueses gastaram 80 milhões de euros em sedativos, hipnóticos e ansiolíticos
Os portugueses gastaram no ano passado mais de 80 milhões de euros em comprimidos sedativos, hipnóticos e para a ansiedade, uma quantia semelhante ao custo total do novo Estádio Municipal de Braga. De acordo com os dados fornecidos à agência Lusa pelo Infarmed (Instituto Nacional da Farmácia e do Medicamento), em 2006 foram gastos 81,94 milhões de euros em medicamentos para ajudar a dormir ou para combater a ansiedade.
No Dia Mundial do Sono, os dados do Infarmed mostram que os portugueses consomem anualmente 20 milhões de embalagens deste tipo de comprimidos, o que dá uma média de duas embalagens por cada português. Entre 2004 e 2006, o consumo de ansiolíticos, sedativos e hipnóticos ultrapassou sempre os 20 milhões de embalagens em cada ano. "Fico assustadíssima com este uso de medicamentos", comentou à Lusa a neurologista e especialista em distúrbios de sono, Teresa Paiva. "Está-se a viver uma loucura de vida em Portugal. As pessoas deixaram de ter hábitos minimamente aceitáveis de dormir e têm sempre mais compromissos do que deviam ter, mesmo financeiros e desenvolvem quadros de ansiedade muito grandes", acrescentou. Para a especialista, esta "forma desassossegada de vida" é a raiz dos problemas de sono que, aliada a uma "prática errada" na prescrição dos fármacos, leva a "números exagerados" no consumo de medicamentos ansiolíticos e sedativos.
"Há uma prática social e cultural que leva as pessoas a quererem consumir medicamentos para dormir. E qualquer médico receita um medicamento a uma pessoa que diga que não consegue dormir. É uma prática errada", adiantou. Teresa Paiva alertou ainda para os "malefícios" deste tipo de medicamentos, que causam elevada habituação e "apenas resolvem os problemas temporariamente". Podem ainda causar problemas de memória e aumentam significativamente o risco de acidentes domésticos e de viação.
No Dia Mundial do Sono, os dados do Infarmed mostram que os portugueses consomem anualmente 20 milhões de embalagens deste tipo de comprimidos, o que dá uma média de duas embalagens por cada português. Entre 2004 e 2006, o consumo de ansiolíticos, sedativos e hipnóticos ultrapassou sempre os 20 milhões de embalagens em cada ano. "Fico assustadíssima com este uso de medicamentos", comentou à Lusa a neurologista e especialista em distúrbios de sono, Teresa Paiva. "Está-se a viver uma loucura de vida em Portugal. As pessoas deixaram de ter hábitos minimamente aceitáveis de dormir e têm sempre mais compromissos do que deviam ter, mesmo financeiros e desenvolvem quadros de ansiedade muito grandes", acrescentou. Para a especialista, esta "forma desassossegada de vida" é a raiz dos problemas de sono que, aliada a uma "prática errada" na prescrição dos fármacos, leva a "números exagerados" no consumo de medicamentos ansiolíticos e sedativos.
"Há uma prática social e cultural que leva as pessoas a quererem consumir medicamentos para dormir. E qualquer médico receita um medicamento a uma pessoa que diga que não consegue dormir. É uma prática errada", adiantou. Teresa Paiva alertou ainda para os "malefícios" deste tipo de medicamentos, que causam elevada habituação e "apenas resolvem os problemas temporariamente". Podem ainda causar problemas de memória e aumentam significativamente o risco de acidentes domésticos e de viação.
Fonte: Lusa e Publico
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