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segunda-feira, 23 de abril de 2007

Eleições na Madeira: Problemas académicos de Sócrates são «castigo divino», diz Jardim

«Nosso Senhor não castiga nem com paus nem com pedras. Ele [José Sócrates] quis fazer mal a tanta gente que agora está a ser castigado», disse na Camacha o presidente demissionário do Governo Regional da Madeira, durante o comício do arranque oficial da campanha do PSD para as eleições antecipadas de 06 de Maio. O comício, que Jardim preferiu designar como «uma conversa olhos nos olhos com os madeirenses», ficou marcado por um feroz ataque ao primeiro-ministro e aos socialistas, a quem Jardim se referiu muitas vezes simplesmente como «aqueles gajos» ou «aqueles desgraçados». O líder do PSD-M preocupou-se em desvalorizar o cabeça de lista dos socialistas na Região, Jacinto Serrão, fazendo questão de nem sequer pronunciar o seu nome durante os cerca de 30 minutos que durou a sua intervenção.
«O senhor Sócrates é o meu adversário nesta eleição», frisou, responsabilizando o primeiro-ministro e secretário-geral do PS pela aprovação da Lei das Finanças Regionais que está na base da sua demissão do cargo de presidente do Governo Regional da Madeira. Alberto João Jardim traçou como seu «desígnio pessoal» contribuir para a derrota de José Sócrates do Partido Socialista nas legislativas de 2009, considerando que as eleições antecipadas de 06 de Maio são uma «primeira oportunidade» para os madeirenses demonstrarem o seu desacordo com a política do actual Governo da República. «Em 2009 temos que pôr o Sócrates na rua. A 06 de Maio todo o país vai estar atento às nossas eleições», disse, acusando o PS de ter aprovado uma Lei de Finanças Regionais que é prejudicial para a Madeira apenas com o «objectivo de lixar o PSD». Jardim chamou ainda «traidores e colaboracionistas» aos socialistas que aplaudiram a entrada em vigor da Lei das Finanças Regionais, dizendo que «o sonho de alguns é ver Lisboa a nomear um governador-civil para a Madeira». Mesmo sem referir o nome dele, considerou que Jacinto Serrão foi duplamente desautorizado pelo PS nacional, que este semana, pela voz de Vitalino Canas, veio contrariar o líder regional ao garantir que não vai haver qualquer alteração à LFR seja quem for o vencedor das eleições antecipadas. «Quanto mais falam mais se enterram», sentenciou.
Fonte: Lusa/SOL

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