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sexta-feira, 3 de agosto de 2007

Papa acusou China de restringir politicamente a liberdade religiosa

Bento XVI criticou na mensagem papal de ontem as políticas restritivas da China, que"sufocam" a Igreja e dividirem os fiéis entre o ateísmo oficial e um catolicismo "clandestino", noticiou a Reuters. "É verdade que nos últimos anos a Igreja tem gozado de uma maior liberdade religiosa", admitiu o Sumo Pontífice. "Contudo, não se pode negar que sérias limitações (...) sufocam a actividade pastoral", completou. Bento XVI mostrou-se contra a ideologia ateísta imposta pelo Estado chinês, condenando o meio século de perseguição dos católicos, segundo a BBC. A mensagem reitera as queixas de Ratzinger de Maio de 2006, altura em que as relações entre Pequim e o Vaticano ameaçavam ruir. Mas o discurso distinguiu-se do anterior na tentativa de aproximação à China, em palavras de amizade e de paz que chegaram a elogiar os seus progressos sociais e económicos. O Vaticano estima que existam entre oito a doze milhões de católicos na China, num total de cerca de 1300 milhões de habitantes. Mesmo assim, o Papa manifestou esperança em evangelizar o país, um processo difícil perante a falta de elementos influentes no terreno: perto de 60 dos aproximadamente cem bispos católicos chineses têm mais de 80 anos e, nos últimos sete anos, faleceram cerca de 50. Além disso, o Governo chinês proíbe a nomeação de bispos pelo Vaticano. Ao ver ameaçada a presença católica no país mais populoso do globo, que quebrou laços diplomáticos com o Vaticano em 1951, dois anos após a emergência do regime comunista, o Papa vincou o carácter de urgência da situação. Simultaneamente, reprovou as actividades do catolicismo "clandestino" na China, que havia denunciado no ano passado. Na altura, Ratzinger afirmava: "Vários bispos e padres foram sujeitos a fortes pressões e ameaças para que fizessem parte de ordenações que, por não terem sido aprovadas pelo Vaticano, são ilegítimas e vão contra as suas consciências", citava o diário "The Times". O ministro dos Negócios Estrangeiros chinês foi curto e rápido na resposta, concordando com um "diálogo construtivo com o Vaticano", desde que as questões religiosas não sejam usadas como um "pretexto" para interferir nas questões internas da China (fonte: Rute Barbedo, Publico)

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